Miliares de episódios exibidos, alguns bons, muitos ruins, outros piores. O ano de 2011, ainda assim, guardou espaço para algumas séries estreantes brilharem, enquanto as veteranas continuam a evoluir em qualidade. Viemos fazer, então, o último top top do ano, numerando as 10 melhores séries, inclusive comédias, do ano de 2011. Faça a sua parte comentando abaixo, discordando, mudando posições, acrescentando novas informações e formando o seu Top 10. Confiram:

10. Modern Family por Gabriel Dias



Talvez pelas irregularidades de uma 2ª temporada que, em paralelo com outras comédias, é realmente boa, mas em paralelo a 1ª temporada de MF não tem nível equivalente, seja justo alguns dizerem que ela não mereça estar neste Top 10. Por dados motivos eu entenderia, mas se tratando da sequência de episódios da 1ª parte da sua 3ª temporada é inquestionável seu lugar nesta lista. Pois o que "Modern Family" fez nesta Fall Season foi se redimir com o público, além de provar por que havia sido tão aclamada pelo Emmy neste mesmo ano. O elenco maravilhoso nunca esteve em melhor sintonia do que agora, cada dinâmica está sendo aproveitada perfeitamente e o resultado são 20 minutos semanais de puro entretenimento. MF merece este top 10 por episódios como "See You Next Fall", "Hit and Run", "Treehouse", "After The Fire" e o emocionante "Punkin Chukin". Mas merece principalmente por Luke, Gloria, Phill, Claire, Cam, Hailey, Mitchell, Alex e todos os outros personagens que brilharam em meio a um ano de conturbadas comédias.

9. Once Upon a Time por Gabriel Dias



Outra posição a qual preciso justificar. Talvez "Once Upon a Time" esteja ocupando um lugar que caberia a outros dramas ou comédias. Talvez não. Mas considerando que está foi a maior surpresa do ano, é incabível dizer que ela não mereça uma posição neste Top 10. Também é inegável a qualidade do roteiro que a série tem apresentado. Isso graças aos feras Edward Kitsis e Adam Horowitz (já acostumados a lidar com personagens desde "Lost") que tornaram OUAT uma dos melodramas mais satisfatórios da TV. Nada como se emocionar com as histórias do Grilo Falante, rir da trolagem a Chapeuzinho Vermelho que de quenga tem o sobrenome e torcer pela Snow White e Prince Charming, o casal favorito de todo o público. Ainda vale citar as excelentes disputas de Rainha Xuxa e Emma que, além de causarem danos a macieiras, já cairam na porrada para fazer a alegria deste telespectador que vos escreve. O que nos resta é reconhecer que a série, apesar dos danos aos olhos causados por cenários de tela verde, tem entregue ótimos diálogos e adaptações que eu arriscaria dizer que são melhores que as originais dos mais famosos contos de fadas que conhecemos nas nossas infâncias.

8. Community por Gabriel Dias


Não sei o que é pior, o fato de Community estar na geladeira, ou o risco de cancelamento. Parece que, quanto mais genial uma produção se torna para um nicho, o público que dá dinheiro aos anunciantes diminui, mas aqueles que ficam são fãs que equivalem a 10 outros, pois sabem apreciar uma comédia inteligente. Algo muito errado compila, no universo, contra Community. Do mesmo mal que sofre Fringe, que sofreu Firefly. A descrença na humanidade aumenta, ainda mais, quando ouvimos a notícia que a obra prima de Dan Harmon não retorna na Mid Season 2012, só depois, ainda assim sem data definida. Fica difícil acreditar que os velhos da academia que premiaram um dia "Glee" ignoram "Community" tanto quanto premia Mad Men (quem assiste Mad Men?). Ficamos então, na espera, no desejo por mais overdoses de paintball, por mais Halloween's ao som de ABBA, por mais musicais, por mais referências à Doctor Who, por mais Pop Pop's, por mais maquetes, por mais Annie's Bulbs, por mais Abed, Troy, Britta, Shirley, Annie, Jeffrey e Pierce.

7. Parks and Recreation por Marco C. Pontes



Parks and Recreation é a melhor série de comédia da atualidade, em conseguinte, a melhor série de comédia do ano de 2011. É simplesmente uma produção em que tudo funciona: todos seus personagens são atrativos, dinâmicos, o roteiro então, não dá pra não considerá-lo uma obra de arte. Sim, tivemos problemas na 1ª temporada, mas nada definitivo, afinal eram só 6 episódios. A 3ª temporada foi belíssima e a 4ª fez 11 episódios seguidos (e os únicos exibidos em 2011) tão bons que fez com que qualquer fã da série se sentisse no topo do mundo por fazer parte de uma coisa tão especial assim. Foram tantos os momentos: as dançarinhas do 'Gotcha', Leslie descobrindo que é de Eagletown, o episódio de Halloween, funcionário público que foi subornado para não falar sobre o relacionamento de Leslie e Benn e que reapareceu no julgamento mais idiota do mundo, Lil' Sebastian (nosso querido minicavalinho), o término de relacionamento mais nerd que o mundo já viu, com uma guerra declarada entre a Dinamarca e o Peru, a junção de todas as Tammys em um episódio só. Parks and Recreation é uma série que nunca faz feio, em momento algum e, sempre consegue juntar todas as tribos e faz com que todos consigam trabalhar juntos, até mesmo os coadjuvantes. Sem contar que a nossa querida Leslie, que é o coração da série inteira, tem o que todos queríamos ter: o dom de conseguir comprar um presente de Natal perfeito para todo mundo. E lembrem-se: Knope 2012! Portanto, Parks and Recreation merece sim estar entre as melhores de 2011, dando um banho de criatividade em muitas séries consideradas 'melhores', mas que não conseguem chegar perto do alto nível em que Parks se encontra.

6. Homeland por Gabriel Dias


Os criadores Howard Gordon e Alex Gansa não pouparam esforços para fazer da 1ª temporada de "Homeland" uma das melhores do ano. Me arrisco a dizer que foi a melhor estréia de 2011. Não obstante, acredito que Claire Danes é uma das grandes responsáveis. No papel de Carrie, personagem bipolar que trabalha no departamento de contraterrorismo da CIA, ela externou cada uma de suas falas com a dosagem de emoção pedida, vide o 1x11, em que Claire Daines esteve fantástica. O roteiro encontrou-se ainda melhor, dados as devidas semelhantes aos melhores momentos de conspiração e terrorismo de 24 horas, mas que ainda assim, passou a ser identidade de "Homeland". O que me agrada é ver que a série vem recebido um feedback positivo do público e ainda maior das críticas e premiações, visto que Homeland já concorre a diversas categorias no Globo de Ouro. Renovada para uma 2ª temporada e, com uma 1ª quase impossível de se superar, coloco minhas cartas na série como uma das melhores coisas já feitas pelo canal Showtime. E ainda que cedo para dizer, uma das melhores do gênero.

5. The Good Wife por Marcus Cramer



Robert King, criador e showrunner de The Good Wife, declarou uma vez que se arrependeu do nome que escolheu para a série por este não ser sugestivo. Eu discordo plenamente. Talvez este não seja um título comercial, mas reflete plenamente a elegância, a sutileza, a ironia e a classe com que esta história é contada. Possui, sim, casos da semana, mas estes auxiliam na construção das tramas e no desenvolvimentos dos personagens; quando não o fazem diretamente, sempre geram alguma discussão ou comentário interessante acerca do sistema judiciário norte-americano. The Good Wife é dessas séries que dizem muito com pouco, é direta e seu roteiro exibe a segurança de quem sempre sabe onde quer chegar. Cria personagens maravilhosos, atrai a participação de um elenco formidável e muito bem dirigido, formando um programa sem grandes viradas e tramas complexas, mas sempre intrigante e fascinante.

4. The Vampire Diaries por Gabriel Dias



Talvez meu primeiro lugar para melhor série na categoria plots twists. O que "The Vampire Diaries" fez de reviravoltas neste ano surpreende até os que um dia a taxaram de romance teen a la Twilight. O trabalho de Kevin Williamson como roteirista é inquestionável, ele é um dos poucos atualmente na TV que sabem como consumir tramas e personagens até a última gota de sangue (se me permitem o trocadilho). O nível de cretinísse que a série apresentou neste ano, também se encaixa na lista de méritos da série. A bitch face de Petrovinha, as infantilidades de Rebekahchorra, os chiliques de Mamãe Klaus, as buffytadas de Elena, o troll Damon e o eterno vampastel, Stefan. Foram estes e outros personagens que passaram por transformações, inúmeros bailes e muita promiscuidade. Por que TVD sabe ser tão boa no seu conceito? Porque ela se reinventa em um período de 5 episódios (ou menos), algo que séries fazem em uma temporada, ou nunca. Faz resoluções enormes em episódios de meio de temporada e, nunca poupa tramas e personagens de serem explorados. Quem nega o patamar de qualidade que "The Vampire Diaries" se encontra, são os mesmos que dizem que "Once Upon a Time" tem um roteiro ruim, que "Supernatural" é boa, ou que "Lost" teve uma temporada final impecável. Nada disso é verdade.

3. Game of Thrones por Gabriel Dias



Uma produção de escalas cinematográficas, com um elenco de primeira e um material de roteiro nas mãos que não poderia dar errado. "Game of Thrones" trouxe vida longa ao selo de qualidade HBO, além de já ser um ícone da cultura pop. Nada disso seria possível sem os livros de George R. R. Martin, que deram o gatilho para que uma das melhores séries atualmente no ar fosse disponibilizada em versão áudio-visual. Cenários gigantescos e personagens caricatos que fizeram parte de uma jornada de 10 episódios espetaculares. Hoje, espero fielmente pela 2ª temporada, no aguardo pela chegada do "inverno", na expectativa por desvendar o mistério dos walkers, para conferir a resolução da guerra dos tronos e, ver Daenerys dominar os reinos com seu sangue de Dragão. Vale ressaltar ainda que a super produção da HBO não seria nada sem a ousadia de um roteiro ambicioso, que não poupou cabeças e pescoços, literalmente, no momento de precisão. "Game of Thrones" então se consolida como uma das série mais bem preduzidas pela televisão e com um roteiro denso fica a garantia de que o que ainda está por vir será tão bom quanto, ou melhor.

2. Fringe por Gabriel Dias



Taxada por ser procedural em sua 1ª e até metade de sua 2ª temporada. "Fringe" tornou-se o grande exemplo de que planejamento é tudo em uma série. Sua 3ª temporada marcou o ano de 2011 como uma das melhores sequências de episódios já vistas, casos que passaram a ser tão significativos quanto personagens, personagens que passaram a fazer crucial importância para o público e dramas que nos fisgaram na mais pura essência. Fringe conquistou-me neste ano, não somente pela trama redonda, coerente e dinâmica, mas por encaminhar seus personagens a momentos emocionantes. Fãs sabem o que digo, quando falo o quanto a série evoluiu e adotou o método de explodir nossos miolos uma vez por semana. Mudanças de horário, risco de cancelamento e quanto maior os perigos que a série enfrentava comum possível final não planejado, a trama parecia melhorar. O trabalho de Joel Wyman e Jeff Pinkner merece aplausos por pavimentar os caminhos e decisões que os personagens tomariam por antecipação, por deixar easter eggs que tornaram os fãs criaturas famintas a procura de detalhes e pistas escondidas, por não deixar de lado as pontas soltas, por fazer resoluções ousadas e não covardes e, principalmente, por tornar Fringe a melhor série sci-fi da atualidade.

1. Breaking Bad por Gabriel Dias



Um drama e suspense ao rubro. O primeiro é, não só digno da melhor série da atualidade, como digno de uma das melhores temporadas que já vi na minha vida. Posso falar isto sobre a 4ª temporada de "Breaking Bad" aos berros que qualquer um com bom senso, que acompanha esta obra-prima da televisão americana, não discordará. BB, como os íntimos chamam, soube não como se reinventar, mas superar-se de um modo inacredetitável. Se a 3ª temporada era imbatível em trama, evolução, atuação e roteiro, a 4ª temporada deu significado a famosa expressão "to break bad" e pôs um borrão no que conhecemos e um dia chamamos de "imbatível". Acreditem quando digo que Vince Gilligan superou todas as minhas expectativas. Transfigurou personagens, ousou, rebuscou tramas, trabalho inúmeras possibilidades e personagens, matou um grande vilão, deu vida a um dos maiores protagonistas "anti-herói" da história e fez o que fez em 13 episódios sensacionais. Ademais, com o acompanhamento de alguns dos melhores atores atualmente na TV (Giancarlo Exposito externando toda a imponência do chefão Gus, Aaron Paul mostrando ser a grande estrela da temporada e Bryan Chranston que dispensa palavras) não preciso de mais nada para declarar que Breaking Bad é, não só a melhor série do ano de 2011, como uma das melhores séries que já vi na minha vida.

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Agora é a sua vez. Monte o seu Top 10!

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