Tão intenso que senti vontade de apontar o dedo.

"Glee", que adora um convidado especial gay, recebeu nesta semana o Matt Bomer de "White Collar" interpretando um reality que todo brasileiro adora dar uma espiadinha: o BBB, ou melhor, o Big Brother do Blaine.

Aqui, "Glee" dá o mesmo enfoque que deu a Rick Martin, repetindo até mesmo plots de comercial (dessa vez foi de cartão de crédito), com a única diferença de que um canta e atua, o outro apenas atua.

E é por isso que no quesito musical, "Big Brother" foi um dos episódios mais fracos de toda a temporada, sem contar o fato de conter no mínimo três solos do Blaine em que o mesmo faz sempre cara de revolta, olha para os pés enquanto sapateia, faz biquinho e joga a cabeça para o lado para dizer que está no ritmo da música. Enquanto o correto é apontar o dedo e falar bem alto para mostrar o quanto intenso é.

Ademais, "Glee" que nunca havia deixado um cliffhanger tão grande como o do episódio "On My Way" (na verdade, nunca havia deixado um cliffhanger de fato) fez deste um dos retornos mais aguardados de toda a série.

Todavia, depois de 5 minutos de episódio e um salto temporal, a série deixa toda e qualquer ansiedade que havia para a descoberta do destino de Quinn rolar rampa abaixo. Até porque a revelação de que a personagem havia ficado paraplérgica não foi uma surpresa, nem sequer chocante, apenas previsível.

Ainda assim, me enganei ao acreditar que a onda de otimismo de Quinn (aquela dos 5 minutos iniciais) seria a saída fácil do roteiro para não ter que explorar o drama da cadeira de rodas. Como disse, ledo engano. "Glee" sabe como lidar com essa temática muito bem e por isso aproveitou para explorar Artie e de tabela criar um vínculo de amizade entre dois personagens que tem estado extremamente apagados na série de uns tempos pra cá.

Gostei especialmente da evolução de Quinn como personagem, o que nos dá a oportunidade de vê-la com outros olhos, já que antes era apenas uma quenga de uniforme tentando incriminar professoras de maus tratos a criança. Acredito, assim como Artie, que Quinn permanecerá nessa condição por algum tempo. Tempo de sobra para nos fazer simpatizar com a personagem antes de nos desperdirmos. Ou não.

Algo que nunca poderíamos fazer com Finn, nem que este estivesse tetraplérgico e com câncer de mama. Afinal, é impossível despertar qualquer simpatia por alguém que prefere abrir um negócio de "limpar piscina" a ir para Nova Iorque. O que nos conforta é saber que esse é seu último ano. PARA NOSSA ALEGRIA.

Já Sue parece empenhada a ajudar o New Directions a vencer as Nationals esse ano (o que vai acontecer já que é o último ano, DÂ!) além de estar carregando uma criança com contagem de cromossomos abaixo do normal, o que nos leva a supor que sua filha terá a mesma condição que Becky. Posição que cabe tão bem a personagem quanto as piadas de Santanão na série.

Músicas do episódio:

  • "I'm Still Standing" - Elton John: Quinn (Dianna Agron) e Artie (Kevin McHale)
  • "Hungry Like The Wolf"/"Rio" - Duran Duran: Blaine (Darren Criss) e Cooper (Matt Bomer)
  • "Fighter" - Christina Aguilera: Blaine (Darren Criss)
  • "Up Up Up" - GIVERS: Quinn (Dianna Agron) e Artie (Kevin McHale)
  • "Somebody That I Used To Know" - Gotye feat. Kimbra: Blaine (Darren Criss) e Cooper (Matt Bomer)

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