A ameaça está em todos os lugares.

Pela primeira vez, o que torna um episódio de "The Walking Dead" extremamente tenso e claustrofóbico não são apenas os zumbis. Vai muito além disto. "Infected" traz o terror de todos os ângulos e locais possíveis, já que como se não bastasse a segurança da prisão ter sido rompida e os walkers pressionarem cada vez mais contra as cercas ameaçando causarem um estrago ainda maior, agora nem sequer o ar que os personagens respira é seguro.

E se você, assim como eu, tem lá suas doses de hipocondria, na maior parte do tempo acabou se vendo segurando a ponta da cadeira, não apenas nas sequências de ação, mas principalmente durante os diálogos, nos quais a mera sugestão de uma infecção foi capaz de nos fazer temer absolutamente tudo, desde toques até a proximidade dos personagens uns dos outros.

Assim, temos um banho de sangue que, embora não cause qualquer efeito emocional (a maioria dos personagens que morrem nem sequer conhecemos os nomes), é o suficiente para estabelecer um ritmo eletrizante e angustiante logo nos primeiros 15 minutos de episódio.

Ainda melhor foi ver que os roteiristas - ao contrário do que fizeram ao longo das três temporadas anteriores - não deram tempo aos personagens de processarem suas perdas, logo em seguida os jogando em novas situações de extremo perigo. E, por isso, é tão angustiante ver os zumbis tentando derrubar a cerca da prisão, quando nem mesmo os corpos do último massacre haviam esfriado e sido removidos por completo dos blocos de cela.

Aliás, como tenho preferência pelo conceito dos zumbis que vencem pela massa e não pela força ou agilidade, gostei bastante da sequência em que o número de walkers cresce ao redor da cerca e os personagens impotentes tentam derrubar o máximo que conseguem para impedir mais uma infecção. Sem contar que a cena foi um prato cheio para os amantes do gore, contando com diversos crânios de zumbis sendo furados e até mesmo fatiados contra as cercas da prisão.

Já no quesito drama, tivemos Carol tendo que ensinar as crianças a sobreviver no apocalipse zumbi. Algo admirável da parte dela e que, felizmente, Rick soube reconhecer. Este, por sua vez, se viu tendo que sacrificar porcos para poder viver mais um dia, traumatizando a qualquer telespectador que já tenha visto algum dia o clássico "Babe".

Fantástica por não só se apoiar a uma tragédia, The Walking Dead tem ido além para manter a trama ágil e o contador de mortes elevado a cada semana. Por isso, surpreendentemente, ela tem sido uma das melhores coisas atualmente na minha watchlist, tendo, inclusive, tudo para fazer desta a melhor temporada da série até aqui. Concordam? Digam o que acharam do episódio nos comentários.

PS.: Só eu ri muito, mas muito mesmo, desta cena?


Até semana que vem!

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