A história se repete.

Sinto que essa temporada de American Horror Story será mais uma daquelas em que passarei cada nova review contando acerto após acerto da série. O que será, obviamente, uma tarefa prazerosa, ainda mais em uma época na qual a maioria das produções de TV estão sofríveis de acompanhar. Direto ao assunto, este 3x03 consegue surpreender em todos os aspectos, do roteiro até os mais técnicos. Ele adiciona informações importantes a trama e, arrisco a dizer, é o melhor episódio da temporada até aqui.

Todo o foco vem em cima de Fiona - personagem que Jessica Lange tem carregado com maestria - e por isso a história não havia de decepcionar. A trama das "supremes" foi apresentada de maneira impecável, começando com um flashback em que conhecemos o destino da antecessora de Fiona, e terminando com uma excelente rima narrativa, na qual vemos a história se repetir décadas depois. 

O que mais surpreende é que o roteiro, ao desenvolver a relação das duas bruxas, nos faz acreditar que estaríamos caminhando para uma substituição de Fiona por Madison. Vemos a primeira ensinar sua substituta a expandir suas habilidades (o que rendeu ótimas cenas como a do pedestre acreditando que o meio da rua seria o lugar mais seguro a se estar) e, ainda que esta a inveje, estava claro que sua intenção era deixar Madison como a grande herdeira de seus poderes. 

Fiona, então, obriga a garota a tomar seu lugar da mesma maneira a que fez anos atrás e, quando esta se mostra incapaz de matá-la, a egocêntrica e vaidosa supreme não hesita em cortar sua garganta (ainda que se arrependa por alguns segundos). E o mordomo ao fundo, só complementa esta perfeita rima visual.

Em paralelo, temos Cornelia ainda enfrentando dificuldades para engravidar e recorrendo, desta vez, a Nigga Witch, digo, Marie Laveau em seu terreiro de macumba. Confesso que adoro quando a série se entrega as bizarrices e nos presenteia com cenas como a do ritual com banho de sangue de cabra e, por isso, o arco de Cornelia tem sido, por enquanto, um dos melhores de Coven.

As melhores cenas, porém, na minha opinião, ficaram por conta de Madame LaLaurie. Nada como vê-la revoltada ao descobrir que um negro era o presidente dos Estados Unidos. E melhor ainda, quando os papéis se invertem e Queenie passa a tratar LaLaurie como sua escrava. 

E por falar em Queenie, esta foi reponsável por 1 dos 2 momentos mais nojentos e perturbadores deste episódio: quando decide que seria uma boa ideia levar chifrada de minotauro no útero. O segundo momento foi quando Kyle retorna para casa e sua mãe (uma das criaturas mais nojentas que já vi) abusa sexualmente do garoto. Por isso, a reação que tive ao vê-lo esmagar o crânio da vadia com um troféu foi vibrar de alegria e não repulsa ou medo.

Só espero que o roteiro de AHS continue a surpreender nas próximas semanas, como fez nesses três primeiros episódios, para que assim ela possa fazer desta mais uma temporada impecável da série, como foi a ótima "Asylum". E vocês, o que estão achando de Coven? Deixem nos comentários.

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