Tão surpreendente quanto um cowboy no Havaí.

Uma semana depois da magnífica premiere, Hawaii Five-0 veio com um episódio menos explosivo e frenético, mas igualmente inteligente. Tanto no que diz respeito à trama central quanto ao caso da semana, que, creio eu, pode ser considerado um dos melhores já apresentados pela série. Com momentos de tensão e risos.

Começo por Kono e Adam, já que o episódio começou com eles e por terem nos causado tanta aflição no fim do episódio anterior. Pudemos ver alguns momentos antes da ligação de Chin, onde Kono bancava o homem da casa e trazia peixes pescados por ela mesma para o almoço. E quando chegamos ao último momento visto na semana passada, o que acontece? Kono defende a donzela em perigo chamada Adam, derrotando os três caras numa manobra digna de McGarrett sem suar e nem bagunçar o cabelo. Por isso eu amo essa mulher! Já Adam... Cara, como herdeiro da Yakuza (rebelde e do bem, mas ainda assim herdeiro da Yakuza) eu esperava mais de ti.


Pouco depois vimos os dois fugindo e Kono (é claro) consertando o motor do carro. Mas então tivemos um momento bonitinho, quando Adam disse que iriam ao aeroporto mais próximo e Kono voltaria pra casa pois ele não pode deixá-la correndo perigo. Não sei se é bem ela que tá correndo perigo, mas enfim... Kono sabe que sem ela seu amado já era, então propôs o contra-ataque. Encontrar os capangas de Michael antes que os encontrem e detoná-los de um jeito que não possam se levantar. Show! E pra quem estava preocupado de que esse afastamento de Kono se tornasse definitivo, esse final de semana tivemos a certeza de que foi apenas temporário com a informação oficial de que Grace Park teve um bebê há pouco tempo. Eu andava desconfiada disso devido ao fato de terem filmado suas cenas iniciais dessa temporada junto ao fim da terceira temporada. Só achei que talvez pudessem aproveitar a gravidez na trama, mas enfim. A atriz já voltou para o set e logo teremos nosso FabFour havaiano junto outra vez. E a propósito, parabéns a Grace e seu marido Phil Kim pelo novo membro da família.

Agora voltando ao episódio, A'ale Ma'a Wau (Peixe Fora D'Água) trouxe um caso sem igual. Isso porque se Hawaii Five-0 poderia mostrar alguém mais fora de seu habitat natural que Danny Williams, esse alguém é Ray Harper (Tim Daly, de Private Practice). O cara é tão badass que se fosse protagonista da própria série eu com certeza assistiria. Mas se ele entrasse pra Five-0 também seria bem legal. Isso porque quando ele apareceu parecia a personificação em carne e osso do Cowboy fora da lei da canção de Raul Seixas. Mas se tratava de um Ranger, com todos os métodos anti-ortodoxos dignos de Steve e todo o zelo pela filha digno de Danno. E o cara usa uma Colt! Tem como não gamar nessa mistura?


Enfim, Ray foi até o Havaí procurar por sua filha Amanda, que sumiu após viajar com o namorado Carl Jacobsen (Brandon Eaton, talvez você lembre dele como o filho de Trinity Killer em Dexter). Isso porque ela disse que viajaria com uma amiga, mas acabou viajando com o namorado, se metendo em problemas com uma gangue e sendo vendida sabe-se Deus para o quê! (Viram crianças? Nunca mintam para seus pais sobre viagens.) E de caçado pela Five-0 por causa do assassinato de Michael Maki ele passou a vítima da semana. Gostei da caça solitária por justiça dele, principalmente quando amarrou Tom Akuna como um novilho e o levou a um canavial lambuzando-o com manteiga de amendoim para largá-lo aos mangustos. Mas foi melhor ainda vê-lo aceitando a ajuda da Five-0.

Foi emocionante ver Ray finalmente dizendo que estava ali por sua filha e sua história ("Ela não é só minha filha. Ela é a minha vida"), lembrando muito o Danno. E a propósito, adorei ver o Danno dizendo pro Carl que ele tinha cinco segundos pra contar o que sabia ou deixaria o próprio Ray arrancar a resposta dele. E quando foram todos atrás de Amanda foi maravilhoso. Tanto pelo tiroteio travado com a gangue, onde Ray se mostrou mais louco que Steve por ir de peito aberto rumo ao tiros, quanto pela última busca à garota no pier. Lindo reencontro de pai e filha.


Vamos enfim a trama central. Eu nem sei bem por onde começar, mas acho que Steve e Cath são um bom começo. Além de estarem treinando times infantis adversários de beisebol (comento isso depois), vimos que essa relação pode estremecer devido ao novo emprego de Cath. Isso porque Billy, seu ex-namorado bonitão que apareceu no final da terceira temporada, a convidou para trabalhar em sua empresa de segurança privada. Cath recusou, mas como Billy sabia que o motivo era Steve foi conversar com ele. Entendo que Steve confie em Cath e deixe-a decidir seu próprio caminho. Uma atitude linda e louvável, uma vez que ele é namorado e não dono dela. E confio na Cath, não confio é no Billy! E sei, assim como Danno, que coisa boa não vem por aí. Além do mais, queria a Cath como parte definitiva da Five-0, com contracheque e tudo mais. Mas foi linda aquela cena final, até o shipper oficial Kamekona pediu tempo no jogo pra todos verem o beijo. É muito amor!

Quanto a equipe, vimos a chegada dois novos membros. Ou um e meio. O grande amor de Chin...  Digo, o computador foi reformado e mais do que nunca conta o que há de mais avançado em tecnologia. (Mãe, eu quero!) E o Mercury Marquis de Steve serviu por pouco tempo a dupla McDanno, já que chegou o novo Camaro de Danno. Última geração, preto brilhante. (Oh Mãe?!) Isso é claro devido ao fato de que a Chevrolet é patrocinadora oficial da série. Mas rachei com o Steve arrancando as chaves da mão do Danno e impedindo o amigo de dirigir o carro novo. Ao menos o Mercury Marquis foi palco da discussão sobre Lorde Fat não ser irmão de Steve. Ri muito do Danno dizendo que Steve criou essa teoria por Lorde Fat ser psicopata e sociopata. E pior que é verdade. Mas se eles não são irmãos, que diabos a D. Doris-Sumi-de-Novo está escondendo?


E agora os jogos de beisebol. Primeiro, desde quando a Cath treina um time de beisebol infantil? Segundo, desde quando Danno e Steve treinam um outro time de beisebol infantil que aparentemente é patrocinado por Kamekona? De qualquer forma foi divertido ver a falta de espírito esportivo de Steve e ele e Danno dando indo instruções totalmente diferentes para Grace. ("Nós amamos o tio Steve, certo? Mas ele não sabe nada de beisebol.") Era óbvio que a garota ia acertar a bola no fim das contas, mas foi fofo mesmo assim. Adorei ver mais possibilidades de momentos pai e filha entre Danno e Grace, e espero que mais jogos aconteçam.

Só achei estranho o fato de ninguém mais se preocupar com Kono. Digo, eles descobrem que o esconderijo foi comprometido, avisam e fica por isso mesmo? Ninguém, nem mesmo Chin, se preocupa em saber se ela e Adam estão a salvo de novo? Detalhes como esse não tiram o mérito do episódio, mas bastam pra impedir uma nota máxima.

Não podemos dizer que Hawaii Five-0 usa e abusa do uso de easter eggs, mas esse episódio teve dois bem legais. (Que talvez sejam apenas ligações sem sentido que fiz, mas enfim.) Ambos referentes a James Caan, ator e pai de Scott Caan que participou da série no 2x18 (Lekio). O primeiro foi a menção de Ray a O Poderoso Chefão, franquia que o consagrou como ator. E a segunda os próprios jogos de beisebol, já que o esporte é pano de fundo da sua nova série Back in the Game.

Bom gente, tivemos um ótimo episódio e semana que vem tem mais com a participação do queridíssimo Jorge Garcia. Prontos para mais uma reunião de Lost?

Postar um comentário Disqus

 
Top