A volta da família mais bela da TV americana.

Parenthood é o melhor drama familiar dos últimos anos e podemos confirmar isso pela leva dos episódios da última temporada, com aquele alto teor dramático e também desenvolvimento dos personagens de uma maneira profunda e coerente. Como em todo primeiro episódio de toda temporada, Parenthood nos apresenta novos plots, novos personagens e novos problemas.

Já é a segunda temporada em que a série segue o hiatus, aparecendo com a nova temporada com o tempo que realmente ficou fora. O último episódio foi ao ar em fevereiro e se passaram sete meses desde a última vez que Hank apareceu na série, por exemplo.

Foi avassalador Jasmine já parir logo no primeiro episódio, mas como sabemos, se passaram sete meses. A personagem nunca me agradou profundamente, mas ela sempre tomava boas decisões e mantinha Crosby na linha. O grande problema de todo o plot dos dois e da baby Aida, é que Crosby parecia se comportar da mesma forma que ele sempre se comportou. E agora, ele está casado, com uma filha... Porque ele ainda fica falando sobre horas de sono? Quando você se torna pai, dormir é um luxo. Descobrimos depois que na verdade ele não está se sentindo conectado à filha. No geral, os pais realmente possuem uma conexão menos profunda do que as mães, então não há nada para ser desenvolvido aqui. A narrativa poderia ir por outro caminho e colocar Crosby como aquele cara irresponsável que todo mundo ama e Jasmine odeia.

Falando em filhos, eis que Max já está bem mais crescido e pode até caminhar sozinho por uma área previamente limitada. Se alguém se preocupava se Max conseguiria ou não manter uma amizade, aí vem Hank para criar vínculos com o menino, mesmo que isso seja somente para se aproximar novamente de Sarah. Pessoalmente, o plot Sarah e Hank poderia e deveria ter morrido no final da temporada passada. Mas talvez colocaram Hank de volta porque não sabem bem ao certo o que fazer com Sarah, que nunca consegue uma narrativa decente. Ficar brava e irritante pelo filho não dar notícias é o pior que poderia ter acontecido até agora.

Amber, por outro lado, terá um turbilhão de emoções pela frente. Queria que Ryan voltasse pela questão sensualidade, mas casamento? Os dois tiveram um ano bem turbulento e com certeza Ryan voltou da guerra mais traumatizado ainda. Porém, isso dará insumos para um plot legal entre Amber e Sarah, que simplesmente não consegue se manter longe dos assuntos dos filhos.

 Talvez a maior mudança seja com Kristina. Era completamente esperado que a loira voltasse com tudo depois da barra do ano passado, incluindo um corte de cabelo especial e uma vontade loca de ir para a funky town. Bobby Little está de volta e já sabíamos o que viria a seguir: felizmente, o roteiro foi mais audacioso, colocando Kristina como uma concorrente. A conversa entre Kristina e a amiga com câncer com certeza abriu os olhos de Kristina, afinal se você realmente quer algo, você não pode esperar a hora certa – só vá e faça.

Desde o início a reação de Adam não me agradou. Primeiramente, ele deve deixar a mulher tomar as próprias decisões, e se isso significa trabalhar com o cara que pegou sua sobrinha, que seja. Não vejo problemas, em relação à saúde, uma vez que até aquele momento, o câncer não havia voltado. Não é a primeira e nem a última vez que Adam não demonstra apoio para a mulher, basicamente tentando ditar o que ela pode ou não fazer. De uma forma ou de outra, essa campanha para prefeito foi a melhor decisão que os roteiristas tiveram até o momento.

Finalmente, Joel e Julia terão problemas conjugais por causa do trabalho de Joel. Fica evidente que os roteiristas tentarão usar aquela desculpa “agora é a minha vez de trabalhar” para colocar mais lenha na fogueira, mas veremos mais problemas por causa da parceria de trabalho de Joel – Um Pete que na verdade é uma Pete. Até o corretor ortográfico achou estranho existir ‘uma Pete’, mas eis que somos presenteados com a nova tentativa de pulo de cerca. Só espero que Joel seja esperto o bastante para não cair nos charmes da novata.

O que mais me deixa preocupado é a decisão da NBC em manter a série nas noites de quinta-feira, às 22h e com uma temporada de 22 episódios. A ideia de manter a série com poucos episódios na terceira e quarta temporada deu muito certo, dando espaço para todos os personagens brilharem e manterem uma só narrativa durante toda a temporada. Com um número maior de episódios, isso fica mais conturbado. Vamos torcer para que Jason Katims saiba o que está fazendo. 

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