Meu Namorado é um Zumbi.

Mais um episódio de Coven e mais uma rodada de bizarrices para nos deixar maravilhados. Assim tem sido este início da terceira temporada de "American Horror Story", que se na premiere já havia nos surpreendido positivamente com todo o potencial que esta nova abordagem ao mundo das bruxas tem apresentado, em "Boy Parts" só reforça o fato desta ser uma das produções mais criativas atualmente no ar.

Aliás, AHS também repete o feito de seu episódio anterior e nos leva a ficar de queixos caídos antes mesmo dos créditos iniciais surgirem em tela. Tudo isso graças a Misty Day, que mesmo tendo sofrido um avada kedavra e virado churrasquinho de bruxa em "Bitchcraft", neste retorna utilizando seus poderes de ressurreição para matar alguns caçadores de crocodilos e defender as causa ambientais. (Vote Misty Day. Vote Partido Verde.)

Ainda melhor, é ver a desesperadora confissão de Zoe (que menina estúpida!) acabar em um ritual de "escarradas" de Jessica Lange, que por sua vez cospe nos copos de água dos policiais trouxas para fazê-los esquecer sobre o acidente e qualquer detalhe que possa incriminar as garotas (eu cuspiria na cara da Zoe também). Vale ainda destacar os cortes excessivamente rápidos da sequência, um detalhe visual que se tornou assinatura de AHS nas primeiras temporadas e que em Coven volta a marcar sua presença com força.

Além disso, temos Cornelia lidando com a possibilidade de ser infértil e, por isso, tendo que recorrer as artes da trevas, digo, a magia afro-descendente para conseguir um progênito. A propósito, o que dizer do ritual de sexo satânico dela e seu marido em que Shimbalaiê encontra Serpentes à Bordo?

"Boy Parts" também explora o passado de Madame LaLaurie, dando a personagem uma excelente backstory, enquanto procura explicar a origem da sua imortalidade. Do mesmo modo, Queenie ganhou um rápido (porém divertido) flashback, me fazendo adorar cada vez mais suas habilidades como boneca de voodoo, que desta vez foram mais do que úteis em um fast food recheado de óleo fervente.

O prato principal, contudo, ficou por conta de Madison, que decidiu montar para Zoe o namorado perfeito (e por perfeito entenda zumbi) juntando as partes dos corpos esquartejados por ela. E confesso que não vejo nada tão chocante desde as imagens do acidente dos Mamonas Assassinas. Mérito da produção, efeitos e maquiagem da série, que tem evoluído gradualmente desde o piloto de AHS.

Assim, American Horror Story registra mais um acerto para o terceiro ano da série, que embora não possua uma trama complexa e instigante até o momento, consegue divertir perfeitamente por 40 e poucos minutos. E vocês, o que tem achado da temporada até aqui? Deixem nos comentários.

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