Episódios complementares excelentes, com destaque para o segundo. Talvez seja porque a parte 1 precisou fazer a
contextualização até os Chance chegarem em Hollywood e, por isso, tenha sido um
pouco menos divertida. Na verdade, acho que a culpa mesmo fica por conta do
reaparecimento de Ricardo que agora não tem mais condições de jogar baseball e
acaba conseguindo um lugar temporário na casa de Virginia e Burt. Não acho o
personagem engraçado, além de ser desnecessário, mesmo como coadjuvante, para
qualquer história da série.
Fora isso, foi bom relembrar quem era
Travis porque eu, sinceramente, não havia reconhecido o menino. Agora ele é uma
pseudo estrela teen no estilo Hannah
Montana – e tenta destratar tudo e todos, especialmente Barney. Este, aliás, é
o responsável pela viagem, mesmo que a real intenção fosse pagar a lua-de-mel
de Sabrina e Jimmy em LA, mas como Jimmy estava morrendo de medo de avião,
foram todos (todo mundo mesmo, até Ricardo) no carro de Barney.
Chegando lá, Hope é contratada para
fazer parte do programa de Travis, já que ela sabe mostrar a língua muito
melhor que as outras crianças, certo? A partir de então, Burt anuncia para o
público que a história foi dividida em duas partes, a propósito esse recurso
metalinguístico, o discurso direto com o telespectador - aproveitando que o
programa de Travis tem auditório – foi bacana e bem utilizado durante o
episódio.
Na segunda parte temos as aventuras dos
Chance em Hollywood que se dividem, praticamente, em três núcleos: Jimmy,
Virginia e Sabrina cuidando da vida de Hope no set - e querendo de qualquer
forma aparecer no programa - Burt que saiu fazendo sucesso ao cortar os
arbustos e Maw Maw e Barney que foram em busca de justiça/vingança. Tudo isso
com a metalinguagem a todo vapor.
O núcleo de Jimmy foi bacana, mas nada
supera os outros dois. Comecemos com Burt: não teve como não rir do personagem
dando uma de Edward, mãos de tesoura, sair aparando os arbustos dos estúdios e
ser quase contratado como paisagista depois daquela apresentação para o chefe
que, como bem disse, parecia Glee mas com arbustos. Contudo, o melhor momento
foi ele dando um chega pra lá nos chefões das cinco maiores emissoras,
devidamente nomeadas e representadas, e falando que não venderia sua arte para
interesses puramente mercadológicos. Indireta, será? Ah, mas tem algo ainda
melhor: Burt dando um belo chute no representante da NBC por cancelarem My Name
is Earl. Acredito que esse seja, a propósito, o maior fã de um seriador. Eu,
por exemplo, chutaria a ABC por ter cancelado Pushing Daisies! Ou a Fox pelo
cancelamento de Fringe.
Maw Maw também teve suas aventuras. Ela
queria jogar as cinzas do marido na amante dele, mas quando descobre que a dita
cuja já morreu, decide que a melhor vingança é dormir com o marido da mulher, assim
todos ficariam quites. E, para isso, ela pede a ajuda de Barney que precisava
distrair a filha barbuda (problemas hormonais) da mulher. Porém, as coisas não
saem tão bem como planejado e tudo vira uma mais do comum (claro) guerra de cinzas.
Para finalizar, Hope é despedida porque
ela é muito mais engraçada e fofa do que Travis, o que traz toda família de
volta para casa, conversando sobre como seria legal se alguém filmasse a vida
deles, tirasse as partes chatas e colocasse para alguém assistir. Acho que
posso dizer que, com certeza, se alguém fizesse isso teríamos uma série muito
boa e nada entediante, tipo Raising Hope, certo?
PS: Ter um canguru ou um macaco? Maw
Maw, definitivamente, teria um canguru.
PS2: Só Burt e Virginia precisam comprar
filme para tirar foto.
PS3: Alvin e Klein: Oi, produtos falsificados.
Pérola de Virgina: “Prodígios vão morro
abaixo, não importa o quão bom sejam”.
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