Mais uma vez The Good Wife traz um episódio inteligente, bem escrito, com roteiro ágil e esperto. Impressiona a enorme capacidade que os roteiristas têm de criar novos casos que, mesmo tendo uma estrutura similar, nunca exalam um ar de repetição sempre presente nos procedural dramas.

Numa situação em que a firma está às cegas com um cliente que pouco pode ajudar na própria defesa, coube a Kalinda o papel fundamental de descobrir a identidade do programador. Entre pequenas reviravoltas e a divertida armação no final, o melhor foi ver a investigadora finalmente matando a charada. Algo que logo me lembrou do clássico Assassinato no Expresso Oriente, de Agatha Christie, em que todos os suspeitos, juntos, são culpados.

Interessante ver também como Kalinda, antes um pouco sumida, agora se posiciona bem no meio da trama principal da temporada. O sócio investigado da vez, Will (visivelmente mais abatido e preocupado0) a vê como amiga e sabe da perspicácia da sua funcionária, recorrendo a ela no momento em que precisou de ajuda e apoio. Ao mesmo tempo, Kalinda se envolveu num jogo sedutor com Cary e Dana que atingiu rumos inesperados quando ambos os lados se viram pressionados. A amizade com Will é certamente mais profunda, mas Kalinda nutre um enorme sentimento de culpa desde que se envolveu com Peter, sentindo sempre que precisa recompensar Alicia de alguma forma. Por isso, preferiu poupá-la de um processo e colocar Will na fogueira.

Por fim, foi divertido ver Alicia se surpreendendo ao saber que deu o mesmo conselho dado por Jackie a Zack. Apesar de não ter sido exatamente pela mesma razão, Alicia certamente sentiu que havia ali por baixo uma ponta de preconceito, sim. E ciúme de mãe, claro. Além disso, ninguém nunca vai querer fazer o que a sogra manda, não é mesmo?
 
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