“A vida é cruel e violenta por natureza”
Me encontro dividido. Por um lado, decepcionado pela resolução anticlimática da temporada que no geral ponderou de bons momentos com a trama das bruxas vs. Vampiros, mas que em seu desfecho (antecipado no episódio passado, na minha opinião) optou por deixar de lado tudo o que foi desenvolvido durante estes 11 episódios para dar a “True Blood” os rumos de sua 5ª temporada. Resta saber, qual foi o propósito de tantas tramas paralelas? Conseguem enxergá-lo neste final? Eu não.
Vamos focar na trama episódica. Em primeiro plano acompanhamos Laffayette sendo possuído não por Jesus, mas por Marnie. Vulgarmente, Marnyette não só toma posse do demônio do alargador presente no menino Jesus como também o mata. Neste caso, uma morte desnecessária e pouco impactante. Mas afinal, com o plot das bruxas sendo fechado e convertido a completa inexistência para a próxima temporada, a trama exigia perdas. Eu só não esperava em grande número.
O Halloween chegou mais cedo em Bom Temps, travestido de Samhain, dia santo das bruxas, como disse a garçonete Holly “o dia em que a barreira entre os vivos e os mortos se estreita”. Com isso, os roteiristas decidiram apressar as coisas e resolver tudo nos primeiros 30 minutos de episódio. Holly convocou os espíritos, incluindo Adele Stackhouse e Renée que visitou Arlene e seu colar de dedões. Eis que surge um mistério sobre o passado de Terry: “Aquele homem está trazendo problemas da pior espécie, Arlene. Corra!”. Seria Terry um zombieman? Eu não duvidaria.
Com Eric e Bill presos, a dinâmica desta season finale poderia ter sido, talvez, perfeita. Acreditei que Marnyette faria Sookie escolher somente um dos vampiros para salvar. Seria uma boa proposta, considerando as dúvidas e incertezas da moça. Porém, a resolução prima por uma dose de ação quase inexistente, além de diálogos que trazem um desfecho com o mínimo possível de apelo ao público. Assim, Marnie abandonou Laffayete e nem de longe causou os estragos que Russeu ou Maryanne outrora fizeram.
Jessica que há muito tempo não aparecia voltou em sua melhor forma (eita!). A fantasia de chapeuzinho vermelho escondendo a loba malvada veio para formar com Jason um dos casais mais carismáticos de toda “True Blood”. Mas não antes de um enfrentamento com Hoyt, onde descobre que confessar é bom para a alma, mas não para o corpo.
Mais comentários:
- Não sei vocês, mas quando vi a cova de cimento do Russel aberta, pude sentir um tipo de medo/suspense que há tempos não se via em “True Blood”. Quase como um calafrio na espinha refletido pela expressão de Alcide. Fiquei com um único pensamento em mente: RUSSEL IS COMING BACK, BITCHES! Nós realmente sentimos sua falta.
- Preciso desabafar, qual é o problema dos roteiristas com a Tara? Parece que a personagem foi criada para encontrar cadáveres e/ou virar um. Virou tradição vê-la encontrando um difundo e soltando seu berro de vaca no cio. Sentirei falta.
- Definitivamente, a melhor frase do episódio veio por parte da Pam: “Sookie! I am so over Sookie and her precious fairy vagina and her unbelievably stupid name! FUCK SOOKIE!” Eis que a cereja é posta no topo do bolo: Ginger abraça Pam com fantasia de enfermeira.
Pela morte daqueles que deixamos para traz neste episódio, lá vai um pensamento reconfortante a Laffa e a todos: Jesus ressuscitará no 3º dia.
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