Enfim, "True Blood" alcança o ápice do seu clímax.
No decorrer dos episódios esperávamos pelo momento em que Marnie e os vampiros se enfrentassem e que a uma resolução o confrontamento chegasse. Em "Soul of Fire", porém, não há uma resolução em um episódio mascarado de final de temporada, mas uma trama de começo, meio e fim que veio para ser sugada (no melhor uso da palavra) até a última gota.
"Estou cançada de ficar acorrentada o dia todo e estou sempre puta da vida. TPM costumava ser assim".
Quem melhor que Jessica para abrir o episódio com dada filosofia, portanto, é com ela que abrimos esta review. Logo de cara, presumi que teríamos um episódio fangtástico e não me enganei. "Soul of Fire" soube misturar tensão de forma retilínea a pitadas de humor que não deixavam desprendermos a atenção da tela por um segundo sequer. Vale destacar que os vampiros travestidos de Esquadrão Classe V (sem Nikita) não explodirão o terreiro, mas fizeram o episódio pegar fogo.
Sem mais delongas, Rei Bill declara o objetivo: matar a bruxa, sem qualquer "porém" (afinal Pam tem manicure as 4 da manhã). Porém, Sookie se encontra no Emporium e, apesar de tudo, Bill e Eric, parecem capazes de salvá-la a qualquer custo. A escolha de dar a vida pela amada é a mais velha das histórias que envolvem triângulos amorosos, mesmo assim, não deixou de criar uma dinâmica perfeita, a ponto de nos deixar vidrados na tela esperando que algo aconteça. Este algo é Pam-I-Don't-Fucking-Think-So que na sua tentativa de burn down the house sequer arranhou o escudo vampelente.
Se fosse possível eleger quem melhor se destacou neste episódio eu diria Martonia. Apesar de ser esquizofrênica, talvez viciada em crack, ou leitora assida de "Crepúsculo", Marnie foi o grande foco do episódio. Fez os vampiros dançar Thriller (foto), matou uma aluna de Hogwarts e morreu! Tudo isto com a ajuda do espírito de Antônia, irritado pelo fim do seriado da globo. Como previsto, menino Jesus soube como fazer mais um exorcismo bem sucedido com a ajuda do Demônio do Alargador. Portanto, Antonia deixa o corpo de Marnie que outrora é morta conforme sua previsão vista no sangue.
Então "True Blood" nos faz acreditar que a resolução estava ali, na falta de uma palavra melhor, nos fez de bobos e isso é muito bom. Acreditem. Laffayette - personagem que cresceu bastante nesta temporada - dará continuidade a vilanisse esquizofrênica de Marnie. Ainda em um curso interessante a trama de Alcide, Marcus, Sam e cia se encerra melhor que esperado. Peço desculpas se algum dia falei mal do Alcidão, pois a melhor cena do episódio veio com o seu pé na bunda na loba-Shakira-Debbie. Já Marcus teve o destino que mereceu, a morte.
Se vale como lembrança, dentre os maiores contras desta 4ª temporada de "True Blood" Andy está em primeiro lugar, logo atrás: as fadas. Juntos eles encabeçam a lista de tramas inúteis que se aponderaram de tempo mais que necessário dos últimos episódios. Para a nossa "alegria" Allan Ball decidiu juntar estes dois elementos delícia de ruim em um só plot. Combinação perfeita, certo?
Agora, não tem como estimar, de qualquer maneira, o episódio que encerrará esta temporada. Pois, em seu desenrolar a Season 4 de "True Blood" trouxe ótimos momentos, paralelos a outros não tão bons. Vimos a trama crescer de forma gradual e nisto o entretenimento (que afinal, é o que interessa) esteve sempre garantido. Espero que o episódio traga a fórmula usada em "Soul of Fire" e talvez, apenas talvez, não repetiremos o erro da 3ª temporada.
Mais comentários:
- A atuação de Anna Paquin foi excepcional. Mas, me responde o seguinte, só eu acho que ela parece uma criança de 9 anos quando chora?
- Mais uma para lista de cenas geniais de "True Blood": a sugadinha de Eric no coração.
Até semana que vem galera! Comentem!
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