Uma grande surpresa.
Abrindo espaço para questões religiosas e casos médicos, preciso dizer que a piori pude notar mais pontos positivos do que negativos na maneira ágil como se apresentou. Surpreendentemente, gostei de “A Gifted Man”. Não da premissa, mas da execução. Pois mesmo estando longe de ser estimada, pude ver méritos neste piloto. Mas e o que será do futuro da série?
A temática da série era algo que me preocupava assim que vi os primeiros vídeos promocionais, no entanto, devo ressaltar que o equilíbrio entre a trama central e as secundárias/episódicas me pareceu ótimo, o problema é que em seu segundo plano ela me agrada mais do que no primeiro, quando se traveste de série médica trazendo casos emocionantes e pacientes mentirosos.
Sim, “A Gifted Man” tem traços do Dr. Gregory House, mas já no piloto parece caminhar com as próprias pernas (sem trocadilho com o problema da perna). A série baseia-se não só na história do Dr. Michael Holt, um médico bem sucedido, arrogante e que reencontra sua esposa 10 anos depois do divórcio, só para mais tarde descobrir que ela havia falecido algumas semanas antes, mas também em apresentar casos médicos que colocam racionalidade e emoções em contraponto.
Michael e o espírito de Anna deverão promover ajuda mutuamente, sendo que o primeiro fechará as portas e conflitos que a segunda deixou sem um desfecho. Por outro lado, Anna deverá servir de apoio aos momentos de dualidade do doutor na clínica, como fez com a família do garoto que tinha um tumor dorsal, auxiliada após a visita de Michael a antiga clínica da Dra. Anna.
Os dois atores principais apresentam uma química boa, sendo Patrick Wilson o grande destaque. Ainda é válido ressaltar que a momento algum Patrick deixou a desejar no papel do Dr. Michale, o mesmo quanto a Jennifer Ehle interpretando Anna. Quanta a direção, Jonathan Demme (Silêncio dos Inocentes) está encarregado e tem mais do que a capacidade para fazer uma boa série dramática, resta esperar para vez o resultado deste potencial.
Apesar dos méritos, acredito que “A Gifted Man” não me segura por mais do que uma temporada e não sei se o público americano também, visto que a série está sendo exibida nas sextas-feiras mortas dos Estados Unidos, talvez por intenção do canal CBS de assimilar o dia a temática mórbida da série ou pelo simples fato da série ser mais um drama para encher a grade de programação.
Considerando a audiência de 9.31 milhões – excelente em números gerais, mas com somente 1.4 sendo o público alvo dos comerciantes – “A Gifted Man” pode sobreviver por alguns anos se mantiver uma média sólida de telespectador e bons casos como o que apresentou neste piloto.
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