Quem brinca com fogo, faz xixi na cama.

Essa é a moral da história, amiguinhos.

Tudo começou um certo dia na pacata "Fazenda", onde os sobreviventes passeavam entedeados, levando longos diálogos e caminhando para todos os lados. Quando Carl, o destemido Carl decide que é hora de crescer, roubar armas e brincar de "te acerto na cabeça". De repente, o "imprevisível" acontece! O terrível monstro do pântano se solta deixando Carl em apuros e colocando toda a turma em uma tremenda confusão.

Enfim, aparece um zumbi e uma personagem morre para nos mostrar que essa não é uma história de criança, onde o destemido Carl corre para a mãe ser afagado, para finalmente, mijar nas calças. E se com essa descrição mais que pueril sobre a trama do episódio, você ainda não se convenceu de que este foi o conteúdo, plot e arco deste 2x11, fique ligado, amiguinho, pois revelaremos mais logo depois dos comerciais.

Voltamos e o que se vê no momento são 20 minutos, metade de um episódio, que poderiam ser reduzidos à 5 (assim como a temporada toda poderia ser reduzida à 6 episódios). Entretanto, essa foi a opção 'criativa' do roteiro que de maneira arrastada tentou com todos os seus artifícios impor um melodrama onde o protagonista era um rapaz do tal grupo desconhecido.

Em meio as discussões e discursos sobre ética em apocalípse zumbi de Daryl, particularmente, minha torcida pela morte do garoto/figura de linguagem só aumentava. Ao mesmo tempo, torci pela vida do rapaz, obviamente por querer que o mesmo liberte-se e traga os personagens do outro grupo para um banho de sangue na Fazenda da Record (com água do poço da Samara-Zumbi).

E se era mais do que previsível que eles não executariam o rapaz, a libertação do Zumbi-FisherPrice (para crianças menores de 10 anos com trava de segurança natural e chaveiro da Sophia de brince) foi ainda pior. Mentalmente, eu torcia para que a lama amolecesse e que o pequeno Carl virasse bolo de carne. A primeira parte foi certeira, já a segunda, para a nossa infelicidade, não foi.

Outrora fomos recompensados com alguns segundos de tensão e de zumbis, "Eu não quero viver nesse mundo." foram as palavras de Dale durante a reunião dos Direitos Humanos Pós Apocalípticos que resultaram em uma drenagem linfática fatídica. Enfim, alcançamos a segunda moral da história: cuidado com o que deseja.

De modo geral, este episódio deixa claro o quão infantil é o planejamento da série. Dito isso, a visão que tenho é dos roteiristas de TWD planejando a trama da temporada em uma mesa, onde um levanta e diz: vamos matar a Sophia que vai chocar todo mundo, outro roteirista se levanta: e o que a gente vai fazer no episódio 2x11? O outro responde: temos que matar alguém... e se esse alguém fosse o Daryl... ah e se a culpa fosse do Carl que resolveu brincar de FisherPrice-Zumbi. Agora você leitor me pergunta: e como a temporada acaba? Shane vira um zumbi. Confirma, produção?

PS.: Carl brincando com os cartuchos de munição foi uma boa analogia a maneira como as coisas mudaram.

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