O que Smash está trazendo para a festa?

"Lets Be Bad" deixa bem claro que Smash ainda está para trazer o seu prato principal. E se o que vemos é só alguns aperitivos do que está por vir, só tenho elogios a fazer a essa produção maravilhosa e de níveis soberbos em qualidade musical e dramática.

O musical vai ganhando corpo com as apresentações (a maravilhosa "Lets Be Bad" fez questão de nos presentears com minutos, não segundos, do musical), mas ainda o que mais me interessa, surpreendentemente, são os personagens. Karen, principalmente, é em linhas gerais a mais carismática. Katherine McPhee transpira sedução e em "It's a Man's Man's Man's World" deixa qualquer um sem palavras.

Este episódio deixa ainda mais claro as duas vertentes da personagem, a primeira é da Karen modesta e imparcial que sempre que recebe um olhar repulsivo de Ivy dá um sorriso de meia boca e sai do caminho, já a segunda (particularmente, MUITO mais interessante) é a Karen que fazem todos os homens babando, consegue o que almeja e não tem medo de arriscar. Ver este lado da personagem em "Lets Be Bad" é ainda mais interessante da maneira como isso influenciará na construção do musical, na ascensão de Karen como Marylin e da queda de Ivy.

A disputa, em paralelo, continua ainda mais acirrada entre as duas protagonistas. Em meio a isso, foi especialmente divertido reescutar a versão de "Happy Birthday, Mr. President" que por um minuto me fez querer ver Karen o mais rápido possível no papel principal para quer recebamos mais doses daquele vibrato maravilhoso. Por outro lado, Ivy faz a maravilhosa interpretação de Marylin em um teaser do musical me colocando em cima do muro e me deixando com uma única certeza: nenhuma das duas deve deixar os spotlights da série e de Marylin, The Musical.

Fora dos bastidores, novamente o episódio foi focado nos relacionamentos dos personagens. Julia e Michael era de se esperar que se pegassem desde o episódio anterior e conforme previsto se beijaram, além de realizarem o mais antigo dos clichês de romances, o beijo antes da partida. De quebra, o filho-rebelde-ouço-restart ainda descobre o caso dos dois, algo de se esperar de uma mãe maconheira e que não o deu uma irmãzinha chinesa de natal.

Já Derek e Ivy são o casal mais bipolar que já vi, Derek, em particular, sempre está com cara de nojo durante as apresenções, dá uma de "bicha má" e no final faz sexo com a garota. Mais increditável mesmo é Ivy que além de insegura sobre seu talento ainda cai na conversa do produtor. E é por isso que continuo acreditando na teoria de que a mesma ficará grávida, afinal que outro motivo teria a série em evidenciar todas as vezes que o casal faz sexo teatral?

De fato, não há o que reclamar das tramas, números musicais ou qualquer quesito que não seja o personagem hétero enrustido. E se houver espaço para mais alguma reclamação é da falta de martine neste episódio, para que Angélica Houston despeje na cara de terceiros, principalmente de quem não sabe apreciar Smash.

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