A fórmula de "Smash" funcionando novamente.

Alcançamos o 6º episódio dessa série maravilhosa e o que se vê até aqui são apenas acertos. Os elementos que fazem de "Smash" o que é, tem funcionado de maneira impecável. Música, interpretações, roteiro e drama. Tudo se encaixa, tudo é convincente e o resultado dessa fórmula são episódios como "Chemistry".

Não estamos diante do melhor episódio da temporada, nem mesmo o pior, pois a linha homogênea da temporada continua absolutamente igual. Basicamente, o nível elevado continua o mesmo, sem baixas, apenas altas. Porém, dentro do universo da série, o musical tem sim seus conflitos de bastidores e é isso que "Smash" tem se proposto a mostrar.

Com a perda da voz de Ivy já mostrada na primeira cena do episódio, pude supor que era o momento de Karen substituir nossa Marylin sem pensamentos duplos, entretando não foi a vez de ver Katherine McPhee nos holofotes da Broadway. Ainda assim não me incomodo. Acredito que os roteiristas estão encontrando os meios de fazer Karen brilhar, seja em apresentações de aniversários judeus, ou como a Marylin dos pesadelos de Ivy.

Ao mesmo tempo, gosto muito de ver Ivy no posto de Marylin, a ponto de torcer pela personagem e pela sua recuperação para que voltasse aos ensaios e fizesse outros excelente números musicais. Ainda falando sobre seu problema com a perda de voz, confesso ter pensado na morte de Ivy quando citam em determinado momento do episódio a sua sensibilidade a esteróides. Logo cogitei a idéia de vê-la morrer de maneira igual ou semelhante a verdadeira Marylin Monroe, por overdose ou algo do tipo.

De brinde, ainda ganhamos a ótima cena em que Ivy tem seu momento Srta. Monroe e diz a Derek (nazista, porco e ruim de cama) o que merecia ouvir. Quem de fato gostou do barraco teatral foi Eileen que além de comprar um novo lar se mostra no episódio disposta a fazer de tudo pelo musical.

O que me fez gostar ainda mais do episódio foi o modo como o romance se aplicou de maneira orgânica e sem clichês. Geralmente, quando se trata de pular a cerca, caso ou traição, a maioria dos dramas põe os dois traidores em uma posição que não tenham escolha a não ser fornicar. Não foi o que aconteceu com "Smash". Julia e Michael fizeram sexo teatral por livre e espontânea vontade. Gostei ainda mais que Julia não recorreu ao velho clichê de fugir depois do sexo, ou ficar com raiva do seu DiMaggio.

Até semana que vem!

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