Once Upon a Time: 1x15 "Red-Handed"

Que olhos grandes você tem... é para ver "Once Upon a Time" melhor.

Desde a estréia de "Once Upon a Time" que se falava em um episódio focado no conto da Chapeuzinho Vermelho. Com o decorrer dos episódios vimos diversas adaptações, inclusive de personagens que sequer esperávamos ou conheciamos, enquanto o momento de Ruby brilhar parecia não chegar. Agora, após ver este 1x15 compreendo o motivo para o adiamento, pois como diria os entusiastas, OUAT guardou o melhor para o final.

Os acertos que essa série já pontuou até aqui, principalmente quando o assunto é adaptações (só tenho alguns poréns com o episódio passado, como disse na review anterior) não me deixam mentir. "Red-Handed" foi excepcional, especialmente por trazer contornos novos ao conto original.

Quem imaginaria um dia ver a "vovó" das nossas infâncias, que aparentava ser uma velhinha frágil e que só servia para ser engolida pelo lobo, poderia um dia ser uma hunter portadora de besta. Ou que Ruby, nossa queguinha vermelho seria (olha o plot twist) o próprio lobo, ou melhor, loba (toca Shakira!).

Aliás, Ruby sempre foi para OUAT um dos maiores exemplos de personagens coadujuvantes que protagonizam. Ela já havia mostrado todo o seu potencial sensualizando em cima do caminhão de bombeiros e aqui recebe um episódio inteiro focado nos dramas da sua vida de garçonete, onde acompanhamos sua ascensão como 'secretária do cafézinho do departamento de polícia de Storybrook'.

Adorei o modo como foi apresentada a história no Reino Encantado, desde a construção do suspense em relação ao lobo, até o momento em que ele/ela se revela. Gostei ainda mais que os roteiristas incluiram Snow, nossa ladra de ovos favorita, no conto de Red e como o laço entre as duas foi criado para dar alicerce a relação das mesmas na realidade de Storybrook.

E por falar em Storybrook, além do plot de Ruby, acompanhamos a continuação do mistério do "quem matou Abigail?". Sobre isto, podemos ter certeza de que Regina está por trás de tudo, desde o desaparecimento até o coração no baú.

Ainda é mais certeza do que herpes em boca de puta o fato de Maria Margaret ser inocente e nem preciso dizer o quão óbvio é o que estou prestes a esclarecer: o coração não é humano (provavelmente de cavalo). Ou se for, com certeza não é da Abigail.

PS.: Falam tão mal dos defeitos especiais de OUAT que fiquei chocado ao ver que o lobo digital havia sido bem executado. Na medida do possível, é claro, porque tudo na série grita "chroma key".

Até semana que vem, galera!