Uma história de amor.
Depois de um doloroso hiatus, Fringe retorna com episódios inéditos e trazendo "A Short Story About Love" que é, sem dúvidas, seu episódio mais controverso e talvez o grande divisor de águas da série. De um lado é possível ver os fãs decepcionados com a resolução covarde que os roteiristas escolheram para o mistério da temporada e por outro, aqueles que, assim como eu, acham isso coerente.
Confesso: a princípio fiquei decepcionado pois a maioria das explicações até então dadas pela série sempre seguiram a risca o seu gênero sci-fi, cuja premissa básica é ter uma trama que possa ser explicada ou compreendida pela ciência (mesmo que seja de ficção). Entretanto, como o próprio Observador disse, desta vez não há explicação científica, apenas o amor.
Para chegar, então, a uma conclusão sobre o episódio, fui relembrar com carinho as 4 temporadas da série até aqui exibidas. Logo, pude ver que Fringe sempre usou tempo de sobra em tela para abordar as relações humanas de seus personagens e por isso conclui que essa é sim uma série em que o amor se tornou uma de suas principais vertentes. Perceba que não há um episódio sequer em que os dramas não sejam ressaltados, em que algum diálogo não nos faça sorrir, ou que alguma vaca apareça para nos fazer chorar.
Após observar tudo isto, percebi que a resposta dada pelo observador (o que mantem Peter ligado ao universo, impedindo que ele não deixe de existir, é o amor) é sim condizente com a proposta da série. Basta você lembrar como tudo isto começou - Walter atravessando os universos para salvar seu filho - e verá do que a série de trata.
A resposta foi simples? Foi, mas como sempre foi objetiva. Agradeçam por não terem que esperar por seis temporadas para somente receber tal resposta no último episódio, dentro de uma sacristia de igreja, como já fizeram "outras séries".
Foi um ledo engano também acreditar que resoluções mirabolantes viriam para dado mistério sendo que este pode ser resumido em poucas e claras palavras. Peter está no universo certo e aquela Olivia e aquele Walter são os mesmos. Então por que eles não se lembraram de Peter assim que o viu? Porque a máquina gravou uma nova realidade por cima da antiga (como uma fita de VHS), recriando as memórias dos personagens. Depois, chegou um ponto em que as imagens antigas começaram a vazar. Olivia recuperou as antigas memórias (em maior velocidade por causa do cortexiphan) e Walter provavelmente também se recordará com o tempo, já que o mesmo viu por diversas vezes Peter no laboratório. Algo que me diz que uma boa dose de LSD poderá ajudar.
Ainda falando de amor, voltemos ao episódio "6B" da terceira temporada e veremos que desde lá a série estava buscando o tema amor como um dos catalisadores para vários acontecimentos. Neste "6B", um casal de velhos podiam se ver apesar de estarem separados por diferentes universos, tudo isto por causa do amor, que junto a outras emoções como raiva e ansiedade sempre foi (não quero soar piegas, mas é verdade) capaz de atravessar mundos.
O modo como os roteiristas ligaram esse tema ao caso da semana também é algo a ser elogiado. Aliás, excelente trabalho da produção de Fringe com a maquiagem do ator que interpretou o assassino do papel filme.
A série ainda fez uso dos feromônios, hormônios capazes de controlar o apetite, nossas ações e até por quem nos apaixonamos, para explicar o caso e trazer o amor ao jeito Fringe de ser. Houveram outros conceitos interessantes usados neste episódio como o da memória óptica (artifício usado pelo observador para levar Peter até o endereço que queria) e da máquina que permitiu Walter deminuir a velocidade do vídeo à extraordinária velocidade da luz.
A série ainda fez uso dos feromônios, hormônios capazes de controlar o apetite, nossas ações e até por quem nos apaixonamos, para explicar o caso e trazer o amor ao jeito Fringe de ser. Houveram outros conceitos interessantes usados neste episódio como o da memória óptica (artifício usado pelo observador para levar Peter até o endereço que queria) e da máquina que permitiu Walter deminuir a velocidade do vídeo à extraordinária velocidade da luz.
Easter Eggs:
O glyphs code da semana soletra a palavra QUILL que no português traduz-se como franzir ou dobrar. Quill também pode ser usado para denominar penas utilizadas para a escrita. De qualquer forma, não consigo fazer qualquer conexão entre este código e o episódio dessa semana, porém acredito que possa ter ligação com o próximo. Vamos aguardar.
Para quem não sabe, todos os episódios de Fringe guardam uma pista sobre algo que virá a acontecer no próximo episódio e "A Short Story About Love" não foi diferente. Vimos em determinado momento deste 4x15 um calendário na cozinha do observador. Nele, há um animal com espinhos que saem de suas costas, criatura semelhante a qual veremos na semana que vem, no episódio 4x16:
O observador esteve, literalmente, em um holofote neste episódio, portanto não houve necessidade de procura:
Para quem não sabe, todos os episódios de Fringe guardam uma pista sobre algo que virá a acontecer no próximo episódio e "A Short Story About Love" não foi diferente. Vimos em determinado momento deste 4x15 um calendário na cozinha do observador. Nele, há um animal com espinhos que saem de suas costas, criatura semelhante a qual veremos na semana que vem, no episódio 4x16:
O observador esteve, literalmente, em um holofote neste episódio, portanto não houve necessidade de procura:
A tulipa branca na mesa em que Olivia está sentada no início do episódio é um belo detalhe da produção da série. Para quem não sabe, a flor é um dos maiores símbolos de Fringe e dá nome a um dos mais belos episódios de toda a série: "White Tulip". Veja:
Outro detalhe interessante são os jornais colados na parede do apartamento do Observador onde podemos ver diversas manchentes que figuram acontecimentos importantes na história da humanidade como: 1 - O fim da Segunda Guerra Mundial com o Japão se rendendo aos EUA, 2 - O titanic afundando, 3 - O assassinato do presidente Kennedy, 4 - A guerra do Vietnã e 5 - A ida do homem a lua.
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