Person of Interest usando a arma mais letal de todas: a fofura.
Não, você não precisa esconder que ficou todo sorridente cada vez que a pequena Leila Smith aparecia em cena com aquelas bochechas rosadas. Todo mundo ficou babando, e até o durão Reese entrou na jogada dando uma de babá quase perfeito.
Quem se aproveitou foi Elias... enquanto Finch e Reese tentavam proteger o bebê, dona Nicola Petrosian (Kate Hodge) manda matar a mãe da criança (e ainda participa do assassinato), e contrata uma organização criminosa da Europa para sumir com Leila, filha da traição de seu marido. No meio disso tudo, John se lembra apenas de uma pessoa que pode ajudá-los. O maior inimigo se torna a única saída: Elias.
E é claro que ele não deixou isso por menos. Mesmo depois do argumento de Reese de que “onde crianças são alvos não há regras”, Elias mostra que pouco se importa com a situação e tranca bebê e John num caminhão-refrigerador. Deu uma agonia ver o bebê ficando pálido, não deu?
John, claro, cedeu. Nem todo o treinamento e prática de tortura que ele já enfrentou dava para ignorar o que acontecia. Não há tortura maior que ver uma criança morrer aos poucos. Então Elias conseguiu o que queria: o endereço do esconderijo de seu pai.
Tais caminhos levaram à morte de Szymanski, o policial em quem Carter confiava. Elias finalmente colocou suas mãos em Moretti e Carter se viu totalmente impotente, de mãos atadas. É difícil, ou quase impossível, servir a dois mestres ao mesmo tempo. Especialmente quando os dois são opostos um do outro. Então ela declara: não dá para seguir com isso. Mais uma vez, ela e Reese passam a ser inimigos.
Será que ela volta a persegui-lo? Será que voltamos ao mesmo ponto de antes onde os dois ficavam igual gato e rato? Será complicado regredir assim. Porque agora ela sabe quem são eles, sabe o que eles fazem e, dificilmente, muito dificilmente, seus caminhos não se cruzarão. É questão de tempo até que ela esteja de novo com eles ou contra eles.
Fusco, no meio disso tudo, ficou mais perdido que cego em tiroteio. Enquanto sofria ameaças para revelar o endereço do esconderijo de Moretti, ficou bem claro que Carter não confia nada nele. Cada passo dela ela faz questão de esconder ou disfarçar, como quando ela inventa que Szymanski a chamou para um encontro. Ela tem razão em agir assim devido ao histórico de corrupção de Fusco, e também porque naquele momento ela contava com a ajuda de Reese. Agora que ela se “demitiu” do segundo emprego, ela voltará a contar tudo para seu parceiro?
Apesar das grandes mudanças que trouxe, Baby Blue teve muitos momentos de alegria e até de reflexão. A começar por Finch dando seus palpites sobre o motivo do CPF de Leila ter sido emitido há apenas dois meses atrás, (ou é uma nova cidadã ou é caso de falsidade ideológica), e sua cara de susto quando viu que ela era apenas um bebê fofo. Depois, claro, quando ele tentava contar para Reese por telefone a “imprudência” que tinha cometido, olhando de rabo de olho para Leila que estava dentro de uma caixa. Impagável.
Ver os dois trocando fraldas, falando bebenês, Leila brincando com uma granada (bebês Irrelevants brincam é com granada, ora!), Reese e Finch discutindo igual pais de primeira viagem, passeando com o neném na maior tranquilidade (ensinando ela a andar disfarçada...) foi demais. Não é à toa que o episódio bateu recordes de audiência. Aliás, Finch comprando fralda e comida para Leila e ouvindo um sonoro “Parabéns! É o seu primeiro?” quase me fez chorar de rir. Queria muito ter visto o que ele respondeu.
Quando John e Harold entregam o bebê para os avós, vem aquele momento do “e se fosse eu”. Reese parece que não desiste mesmo de questionar a própria vida. Esse tipo de conversa ele já teve com Cara quando foi pego perseguindo o marido de Jessica (Blue Code), e já teve com Finch também, em Root Cause, quando pergunta para o chefe se ele já quis ter uma vida “comum”. Em todas as perguntas, no entanto, ele encontra a mesma resposta: essa vida não é para você. Mas com tanta insistência assim, é perigoso que algum dia, porventura, Reese resolva tentar (outra vez).
Person on Interest não poupa esforços para nos envolver. O roteiro já recorreu a uma criança antes (Wolf and Cub) e volta novamente com este artifício. Só que desta vez deu muito mais certo, visto que, além da fofura de Leila ser imensamente maior que a do teimoso Darren, Reese teve que, pela primeira vez, ceder por causa da pessoa que estava protegendo. E o que ele cedeu lhe deu graves consequências. Consequências que agora (re)definirão os laços que unem os protagonistas.
Observações:
- "Hello, dad". O que Elias pretende fazer com o pai?
- Diálogo of Interest [1]:
- Diálogo of Interest [1]:
Reese: Não é bem um elogio, Finch, mas você é mais bonito que a imagem.
Finch: Não é à toa que nunca pegam ninguém com "isso".
- Diálogo of Interest [2]:
Reese: Finch... você estava certo sobre a direção errada.
Finch: O que foi?
Reese: Não acho que Bradley Petrosian dormia com Claudia Cruz.
Finch: Como assim?
Reese: Ele gosta... de outra coisa.
- Diálogo of Interest [2]:
Reese: Finch... você estava certo sobre a direção errada.
Finch: O que foi?
Reese: Não acho que Bradley Petrosian dormia com Claudia Cruz.
Finch: Como assim?
Reese: Ele gosta... de outra coisa.
- Para terminar, com vocês: “Dois solteirões e um bebê”:
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