Tão bom quanto martines de 7 dólares.

"Smash" mal completou uma temporada e já me encontro num estado de dependência de sua carga emotiva, cômica e teatral de todas as semanas. A série chegou a um ponto de qualidade onde até mesmo onde o que deveria soar ruim ou, como diria a crítica, "confuso" como foi esse workshop consegue ser tão bom que mal posso imaginar como eles farão para entregar um musical que supere minhas expectativas.

As apresentações foram fantásticas, entregando falhas divertidas (como a queda da Karen) mas conseguindo contagiar o público pelo carisma e talento daqueles artistas. Ivy, principalmente, se mostra mais Marylin do que nunca e não apenas quando incorpora a personagem nos palcos, algo que aliás tem sido feito de maneira impecável pela incrível Megan Hilty, mas também em sua própria vida, onde serve de reflexo da personagem com todos os seus conflitos maternais.

Quem também nos recorda bastante dos dramas de Marylin é Julia, especialmente por causa dos seus relacionamentos com Michael e seu marido insosso que só quer saber de estudar química e ter filhos maconheiros.

Mas o que realmente deu tom ao conjunto da obra foi o workshop. Adorei o modo como eles incorporaram todas as músicas que vimos ao longo desses 6 episódios durante a apresentação. Em questão de minutos, rebuscaram a ótima Let Me Be Your Star (Ivy nasceu para cantar essa música), 20th Century Fox Mambo (shake it up, make it up) e por último a minha preferida, o dueto de DiMaggio e Marylin em "History Is Made At Nitgh".

O trabalho dessa equipe de profissionais se mostra cada vez mais impecável, afinal estamos lidando com pessoas com anos de experiência na Broadway e com uma equipe de produção tão boa quanto. De fato, as músicas e coreografias de sofá são excelentes mas os dramas e scandals dos bastidores ainda me cativam mais.

Em diversos momentos deste episódio pude sorrir como já conhecesse cada um daqueles personagens a vários anos. Dessa forma, Smash faz você se pegar rindo dos deboches de bicha-má do Derek, outrora das caras de Eileen e ainda mais da ótima cena do estúdio, onde após alguns segundos ouvindo Karen, o cara da gravadora já queria Katherine nos seus McPhees.

Se eu devo apontar um único defeito nesse episódio seria o seu final. Simplesmente o filho de Julia não me convence, nem como maconheiro, nem como alguém que se preocupa com o casamento dos pais. Pior do que ele, apenas o ajudante hétero mais gay da Broadway, que aliás foi colocado em seu lugar por Eileen ao tentar dedurar o caso de Julia e Michael.

Angelica Houston merece nossas palmas por sua cara de "informação irrelevante" e outrora, quando revela toda a sua tara por homens que fazem martines de 7 dólares.

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