Comprando a idéia da Guerra Civil, purgatório, almas e bombas atômicas, embarquei nesta furada que foi o sexto ano de “Supernatural” e acabei por receber um episódio digno da 6ª temporada, digo isso porque tivemos a pior temporada que essa série já apresentou, contudo, não tivemos a pior Season Finale que essa série já concebeu.
Como esta é uma review dupla, vamos patir do episódio anterior, ‘Lei It Bleed’ cujo título poderia ser facilmente substituído por ‘Family Issues’. Justificável, pois todos os ‘problemas familiares’ de Dean, Lisa e Ben chegaram a uma conclusão. O episódio foi no geral muito bom. Erros claros que foram superados pelo roteiro de qualidade e algumas reviravoltas interessantes.
Primeiramente, somos apresentados a um episódio que parece ser de mais um caso sobrenatural insosso. Mas, logo de cara quando Lisa e Ben são seqüestrados por ninguém mais, ninguém menos que o Rei do Inferno o parâmetro muda de ângulo.
Devo dizer que o episódio foi basicamente 50% promo da Season Finale. Plantando uma semente aqui, outra acolá e enfim sabíamos tudo o que precisávamos para encarar mais um “Carry On My Wayward Son...”. O problema deste tipo de episódio é a falta momentos de real emoção, já que estes são reservados para o próximo, porém não foi isto o que aconteceu.
Enquanto Dean tratava de procurar por Crownley , Bobby procurava por informações à respeito do misterioso H. P. Lovecraft. Interessante notar que na cena de abertura do episódio a janela do escritório de Lovecraft estoura de maneira que aparenta ser quase igual a abertura da série, a meu ver, o som é o mesmo, assim como os vidros vindo em direção a câmera que também lembram bastante.
A resolução dos problemas de Dean com Lisa e Ben ficou por parte do velho truque da memória apagada. Resolução mais fácil que matar os personagens, eu acho. Digno de um drama que nunca se encaixou bem na série, mas que trouxe essa conclusão de forma satisfatória.
A resolução dos problemas de Dean com Lisa e Ben ficou por parte do velho truque da memória apagada. Resolução mais fácil que matar os personagens, eu acho. Digno de um drama que nunca se encaixou bem na série, mas que trouxe essa conclusão de forma satisfatória.
Abrir a porta para o uma outra dimensão (o purgatório), esta era a premissa básica dos planos de Crownley e Cas e para isso seria necessário o sangue de uma virgem (essa é fácil, ou não, nesses tempos...) e de uma criatura nativa do purgatório (adeus Ellie!). Tudo pronto: it’s show time!
The Road So Far... Quando vi esta frase típica das Season Finales de “Supernatural” vieram flashs de episódios ruins que tiveram poucas ressalvas. As imagens insossas da temporada já me lembraram do pouco de bom que vimos e para piorar vem a cena inicial do episódio afirmando que teríamos um episódio final focado em Sam Winchester, cuja atuação do ator Jared Padalecki eu não sou muito fã. Todo mundo sabe disso.
Porém, e põe ‘porém’ nisso, o episódio foi no seu desenrolar me prendendo a atenção assim como Sam se via preso em um sonho. Recuperando suas memórias, Sam remonta os pedaços de si mesmo (incluindo o Sam destruído pelas mãos de Lúcifer) e acorda do seu sonho ‘Bela Adormecida’ para a realidade em que Dean e Bobby se encontram tentando impedir os planos de Cas.
À respeito disto, devo aplaudir os roteiristas por não optarem por levar todo este plot do Cas, o anjo do bem fazendo coisas do mal, para aquela velha solução em que o ‘amor’ resolve tudo. Obstante a esta idéia o episódio seguiu trazendo cinco minutos finais que para mim foram excelentes, com exceção do cliffhanger que citarei depois.
Uma meia palavra de latim solta no ar com uma dose de sangue de cachorro e Crownley, junto a Raphael, NÃO conseguem abrir o portão do purgatório. Até que gostei de ver Cas voltando-se contra o Rei do Inferno, mas optar por um final anti-climático para uma série que em qualidade (não em audiência) está no vermelho, é difícil.
Eu, se pudesse, mudaria o final. Investiria uns trocados a mais em efeitos especiais e mostrava uma cena de abertura chocante do purgatório, assim a temporada deveria culminar em seu fim. Longe de mim dizer o que deve ser ou não mudado, porém, a meu ver, o final poderia ter sido melhor.
E agora? Cas abriu a porta do purgatório e mais: agora ele possui milhares de bombas atômicas (almas) no corpo, prontas para causar um desastre pior que o de Chernobyl. O que acham deste cliffhanger? Dean, Sam e Bobby se curvaram a seu novo Deus? Cas is the new bitch in town! Se o Dean soltasse uma dessas o final teria sido perfeito.
Até a próxima galera!
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