Criada por J.J. Abrams, Carlton Cuse e Damon Lindelof, “Lost” veio ao mundo no dia 22 de setembro de 2004, um sucesso estrondoso que criou fãs, mudou uma geração e merece ser lembrada sempre. 'Lost mudou a maneira na qual vemos TV’. Devo concordar, principalmente porque a série mudou a maneira que eu vejo TV, ela me trouxe um olhar crítico para outras produções que talvez nunca atinjam a dimensão de seu sucesso. E hoje, dia 23 de Maio de 2011 a série que tanto foi odiada e amada pelo público e pela crítica completa um ano de sua inexistência.

Viagens no tempo, conspirações, referências a diversas culturas, elenco internacional, tramas complexas e cheia de mistérios. Não há como escrever um texto sem citar alguma destas palavras. Com ressalto em 'Mistério' que muitos dizem ter sido a chave do sucesso e posteriormente o fator predominante para uma grande decepção. A série moveu toda uma geração, um público que ao redor do mundo se via preso a tela de sua TV/computador para acompanhar cada um de seus episódios sem piscar um olho.

Com seu desfecho a série concluiu um ciclo e deixou visíveis as mudanças que causou na cultura pop mundial. ‘The end’ foi um episódio que surpreendeu seja para o bem ou para o mal. Eu gostei, gostei muito da série, ela ainda permanece no topo da minha lista de séries favoritas e ao contrário de muitos, também gostei do final.

Não condizente a sua proposta inicial, muita coisa mudou na série de 7 anos para cá. Se assistirmos a 1ª temporada hoje e logo em seguida a última veremos que pouca coisa sobrou na série em termos de personagens e tramas. Porém o que se manteve foram as pessoas. É fácil falar que a série foi sobre pessoas, mas tenho que discordar concordando.

A série no geral contou uma história sólida de seus personagens, mas pecou quando deixou de lado o que tinha dito em suas temporadas anteriores para dar assistência a novas histórias.

“Lost” vendeu um marketing monstruoso, gastou milhões e gerou mais ainda, trouxe uma nova concepção a relação TV/internet, criou os ‘legenders’ e acima de tudo uma legião de fãs de séries que iniciaram a procura pela sua substituta no segundo após Jack Sheppard fechar os olhos em nossas telas, e essa busca ainda continua, digo isso porque eu permaneço na insistente procura pela 'nova' Lost e acabo por encontrar os elementos da série divididos em diversas outras produções, cito como exemplo “Fringe” cuja trama sólida que construiu em 3 anos mostra uma crescente - em termos de qualidade - inigualável.

Não digo que “Lost” inventou todos os plots que apresentou, ela reinventou e fez isso muito bem. Seus episódios eram tão intensos que se equiparam a obras de cinema. Seu piloto é sensacional, um dos melhores que já vi e seu final...

A partir daqui as opiniões se dividem. É difícil falar precisamente o que senti naquela hora final, por isso tentarei ser breve. Foram milhares de sentimentos, primeiramente, a perda de um ótimo entretenimento, eu não sabia o que era ser órfão de uma série até então, segundo, desapontamento pela falta de um final coerente a sua premissa e pelas pontas soltas e terceiro e mais sobressalente, a emoção de ver os melhores momentos dos personagens dos quais eu mais me importei do que em qualquer outra série de televisão.

Depois de um ano as lembranças que ficam são deles: Jack, Kate, Hurley, Locke, Sawyer, Sun, Jin, Claire, Charlie e tantos outros 'dudes' que sempre serão lembrados por marcarem uma década de uma história que sempre será equiparada as melhores narrativas já criadas, mas que se distancia por ser um produto único.

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