Vocês estão tendo a mesma sensação que eu?


Aquela coisa de respirar fundo e pensar “puxa vida, Grey’s está voltando a ser Grey’s!”. Nessa hora, nosso olho chega a brilhar intensamente! Das tão marcantes histórias desta 8ª temporada, “This Magic Moment” chegou chegando e trouxe muita emoção, não só pelo caso interessante dos gêmeos siameses, mas também o luto de Teddy que foi sendo curado pouco a pouco.

O episódio iniciou afirmando que a sala de operações é um verdadeiro teatro no qual há atores, cenário, figurino, produção, dentre inúmeras partes contribuintes. Mais importante ainda do que a existência de todos estes fatores são eles estarem em perfeita sincronia! Quer um caso mais desafiante para a medicina do que separar gêmeos siameses sem nenhuma seqüela para ambos? Os médicos do SGMW foram divididos em equipes e cada uma deveria trabalhar em conjunto internamente e, posteriormente unidas, dar o resultado final que é uma família feliz.

O nascer de um filho traz todo um sentimento de renovação, e é justamente o que estamos vendo no casal Derek e Meredith. Após a reintegração de Zola na família Shephered, tudo parece ter entrado nos eixos, até mesmo ao ponto de Derek nem se lamentar mais pelo estudo clinico arruinado por Grey. Do outro lado da moeda, existem aqueles que nem tiveram oportunidade de formar uma família: o caso da Dra Teddy Altman. Quer cena mais triste (e ao mesmo tempo irritante) do que as inúmeras e incansáveis repetições de Cristina para Teddy de como sucedeu toda a cirurgia que levou Henry a morte? Pra complicar a situação, a mais nova viúva de Seattle queria apenar certificar-se, de uma maneira um pouco estranha convenhamos, de que Yang fez tudo exatamente o que ela mesmo faria. Infelizmente todos nós temos que cair na realidade e ver que fatalidades acontecem, é o famigerado “jogo da vida”.


Ainda no ramo dos casais desfeitos, em crise e/ou em reabilitação, encontramos Dra Bailey e Ben. Depois do rápido affair com o enfermeiro Eli na 7ª temporada, parece que Miranda anda “pisando em ovos” quando o quesito é amor. Após muita insistência, Ben conseguiu que ela aceita-se o convite de morar em sua casa. Como se não fosse suficiente, em “Hope for the hopeless” tivemos um banquete de melodrama: Cristina e Owen brigaram feio durante a festa de aniversário de Zola e Adele teve uma de suas crises de Alzeimer em meio a 10.000ª cirurgia de Richard.

A birra entre Cristina e Owen é velha, mas ao mesmo tempo estava estagnada. Bastou um empurrão e tudo voltou à tona. E o gatilho ainda tem nome e sobrenome: Teddy Altman! Desde a morte de Henry, Teddy e Cristina estão chateadas com Hunt visto que ele não avisou a Yang que o paciente cirúrgico era o marido de sua mentora, e nem comunicou a Altman que seu amado tinha falecido, errando duplamente. Assim, essas duas andam de certa forma “nem aí” pra Owen e desacataram sua ordem de descansar.

Desta forma, Cristina e Teddy entraram na cirurgia que inicialmente seria de Karev e McQueen. Ao final do dia, Hunt descobriu tudo e durante a festa de Zola armou uma verdadeira confusão. Como a própria Yang disse, era apenas uma cirurgia, não tinha nada demais. Porém, no fundo ela desacatou uma ordem superior, ainda mais sendo de seu marido. O que faz pensar que ela sempre faz tudo pela cabeça dela, assim pensou Owen. E é verdade! Graças ao gênio impetuoso de Cristina, o sonho de Hunt foi desfeito já que ela cometeu um aborto sem consultá-lo previamente.

Sob meu ponto de vista, este foi um dos momentos chave do episódio: aquela coisa do coadjuvante que atua como protagonista. Cristina é um personagem riquíssimo que, por muitas vezes, conduz brilhantemente um episódio e “sequer lembramos” do restante do núcleo. Juntamente a isto, a cena de Richard cantando para Adele foi simplesmente mágica! “My funny valentine” foi a canção do casamento deles e foi cantada por Weber na tentativa de acalmar Adele diante de uma crise de Alzeimer. A pobre coitada além de ter sofrido pela vida inteira com o caso secreto de seu marido e Ellis, durante a doença ainda fica revivendo estes sentimentos. Aliás, para tudo!!!


Em “If/Then” vivemos uma realidade alternativa digna das loucuras de Fringe e das regressões “Alzeiméricas” de Adele! Nesta história veio a tona aquela velha pergunta que não quer calar: e se Ellis Grey não tivesse Alzeimer, tudo seria diferente? Sinceramente, este episódio e “Put Me In, Coach” foram os melhores da temporada até agora! Simplesmente sensacional. Titia Shonda Rimes fez um ótimo serviço: misturou tudo o que é bom em Grey’s e adicionou mais uma boa dose de imaginação. Afinal, quem iria cogitar Meredith noivando com Karev? Richard casado com Ellis? Torres e Hunt juntos? Derek ainda casado com Addison? Lexie do ramo das DORGAS e April afirmando ser virgem sem ser? Realmente, só pagando pra ver e acreditar.


Foi incrivelmente hilário ver Meredith naquela situação de mar de rosas, mais leve que uma borboleta. Karev deixou seu lado “evil boy” e tornou-se o bom da história. Derek é conhecido como McChato pelos residentes e sempre exibe o seu lado mais sombrio. Izzie e George não foram relevantes em toda a história. Torres é uma feliz dona de casa, que ao lado de seu companheiro Hunt, tem três lindinhas e fofas crianças. Falando em Owen, ele ainda não curou aquele estresse pós-traumático do Iraque. E Cristina... essa foi A mudança. A japa com os cabelos lisérrimos andou mais robô do que nunca!


Contudo, assim como uma velha crença muçulmana, quando nascemos já estamos com nosso destino traçado, e assim ocorreu com os mais badalados médicos de Seattle. Por fim, tudo parecia estar sem encaixando. Ellis, mesmo na ausência da doença, exigia muito de Meredith e mostrou-se aquela mulher áspera, rígida e mesquinha. E como efeito dominó, tudo voltou ao seu devido lugar. E assim sendo, Grey’s Anatomy pisa em terra firme e deixa aquela saudade! Para os fanáticos como eu, é o “gostinho de quero mais”, contando os dias e horas para a chegada do próximo episódio!

See later, galera (:

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