E o Emmy por melhor atriz em série drama vai para... Elizabeth Mitchell.

Se de fato a atuação de Morena Baccarin é marcante por interpretar uma vilã com artifícios e poder de persuasão inigualável, a atuação de Elizabeth Mitchell é subestimada por interpretar uma agente do FBI quinta-coluna nas horas vagas. Mas, mesmo sendo a ‘mocinha’, Erica traz um alto nível de drama para a série antes nunca visto em “V” e a prova registrada disto foram as emocionantes cenas de “Siege”. Dito isto, posso dizer que Elizabeth Mitchell carregou o episódio nas costas e o transformou no melhor da temporada? Acho que sim.

E se Erica entra em destaque, Anna fica por trás das câmeras vendo a quinta-coluna em ação. E foi basicamente o que ocorreu neste episódio. E que episódio. Senti estar assistindo a um Season Finale, não um típico episódio de meio de temporada e como fã de “V” que sou, me sinto triste por saber que a audiência da série está tão baixa para a qualidade excelente desta 2ª temporada.

Fato é que seguimos com a boa trama do episódio anterior e repetimos praticamente a mesma fórmula: cenas insossas no começo do episódio que nos preparam por 20 minutos para os momentos finais de tensão e expectativa.

Na história de “Siege” acompanhamos a princípio uma quebra na união da Quinta Coluna quando Eli Cohn, brilhante Oded Fehr, descobriu a traição de Ryan. Dessa forma acompanhamos o calango inrustido em silêncio e arrependido, não de ter salvado a própria filha, mas por ter traído seus amigos.

Enquanto isso, padre Jack finalmente recebe a carta do Vaticano, chega de batina! Lembram na 1ª temporada quando o Georgie (ex Quinta Coluna) citou a seguinte frase: “um dia você terá de escolher se é um padre ou um soldado”. E assim se cumpriu o mais que previsto, Jack agora não é mais limitado a agir conforme às leis da igreja, agora ele poderá agir junto a Erica e Hobbes e formar o triângulo amoroso obrigatório de todas as séries sci-fi.

Agora que citamos as tramas secundárias do episódio, vamos para a ação. A facção radical anti-V, liderada por Eli Cohn, se encontra concentrada em um prédio do centro de Nova York, palco de despedidas, explosões e claro, muitas emoções. Um “V” segue Ryan até o prédio e localiza o esconderijo da resistência e por intermédio de Anna o FBI cerca o local.

Em meio à tudo isso vemos um Eli Cohn diferente, mais humano. Tivemos o conhecimento da história de vida do líder antes que a explosão o matasse. Assim como Erica, Cohn também era motivado à lutar em prol, não da raça humana, mas pelo bem de sua família.


E não foi só a ele que demos adeus. Ao marido de Erica também, morto por três tiros em meio ao tiroteio FBI vs. Quinta Coluna. Mas antes disto, em meio a um clímax muito bem construído, toda Nova Iorque acompanha a libertação dos reféns. Quando todo prédio é explodido por Hobbes ao ser ameaçado pelo engenheiro-calango de ter sua amada (não vista até então) presa em algum local da nave-mãe.

A cena da explosão foi intensa seguida pelo ágil tiroteio e pela morte do marido de Erica. Um personagem nem tão querido pelo público, mas que cuja morte foi de certo impacto. O interessante que com a explosão, o clímax já teria sido concluído, mesmo os intensos acontecimentos continuaram em uma linha tênue de ação e dor.


E quando vemos Erica destruída pela morte do marido e Tyler descer as escadas só para culpá-la antes de fugir covardemente para a nave-mãe, todos nós nos sentimentos em seu lugar quando a personagem realiza o seu melhor ato até então como protagonista dando um tapa naquele rapaz (Comemorei!). Tyler bateu todos os recordes de ódio do público e foi bom ver Erica reagir a tantos insultos, visto que a personagem perdeu o controle e mesmo na tentativa falha de convencer o filho da culpa de Anna, já era tarde demais.

Agora, a dúvida que restou, foi se Ryan sobreviveu a explosão ou não? Será que o bebê híbrido cara de calando vai ficar órfão? Duvido muito. Mas de concreto mesmo, só sabemos que Erica desistiu de lutar apenas na defensiva, agora a resistência está mais forte e atacará antes que Anna tome decisões.

A Quinta Coluna precisava disto, de mais vontade de lutar, de uma forma mais radical, assim como o episódio também serviu para sacudir a trama e impulsioná-la na direção da guerra eminente.

Anna perde o controle, situação esta cada vez mais visível. Parafraseando Diana: Anna desce todos os dias para provar a mãe sua liderança, o que mostra seu maior sinal de fraqueza e descontrole. Acredito que a guerra finalmente começou e pude sentir este ar de perigo no episódio desta semana com todos os personagens centrados no mesmo lugar em meio a destruição e perdas.

De fato “V” melhora a cada dia, sabemos que a série errou em algumas tramas estúpidas de alguns episódios da 1ª temporada e vejo que agora, com o risco de cancelamento, os roteiristas estão fazendo o possível para salvar a série e conquistar um público para uma 3ª temporada.

Acabou que a review se alongou bastante, portanto vou encerrando por aqui, não deixem de comentar suas opiniões logo abaixo. É isso pessoal, até a próxima.

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