Era uma vez, uma casinha no meio do nada, com sabor de chocolate...

É nesse clima de terra molhada que Once Upon a Time dá vida ao cássico João e Maria (na versão americana: Hezel e Gretel). Vindo das boas experiências com o conto do Jiminy Cricket e do Caçador Solitário, criei boas expectativas para a adaptação deste que foi um dos contos mais marcantes da minha infância. E não me enganei quanto a a releitura. Ainda assim, tenho que dizer que este foi o primeiro episódio de OUAT que caiu no meu conceito.

Havia um sentimento de nostalgia em cada um dos episódios que anteriormente vi desta série, assim como em cada uma das releituras e personagens apresentados semanalmente. No entanto, nesta semana, o nível, até então sempre elevado, não foi ultrapassado, sequer mantido em comparação ao que já vimos antes.

Não me julguem antes de entenderem meu ponto de vista. Simplesmente, para mim, metade do episódio funcionou, a outra metade não. O conto reproduzido em Tão Tão Distante me agradou em muito, em especial a sequência da casa feita de doces com a inesquecível Bruxa Cega. É interessante ver algo que um dia fora fruto da sua imaginação vinda de livros, ganhar vida na televisão.

Porém, o paralelo com Storybrook foi tediante. Talvez por prever o fim do episódio, ou por simpatizar mais com as versões das crianças do Reino Encantado, eu não tenha esboçado um sorriso ou sequer apresentar interesse pelo que se passava na realidade paralela.

Se serve de ressalva, a relação de Emma e Henry continua fluindo perfeitamente. Consigo achar crível o sentimento que um tem pelo outro. E por isso, acho que chega a ser repetitivo dizer que adorei a cena em que o garoto traz uma torta de abóbora para sua mãe.

Regina, por sua vez, esteve infinitamente melhor em sua versão de Rainha Xuxa. Fazendo uso dos efeitos de CGI para crescer raizes e um aplique digno de Joelma do Calypson. Em Storybrook, sua versão "bicha amargurada" continua a mandar e desmandar em Emma, esta que, por sua vez, parece não entender os deveres de uma xerife cabra macho.

Vale ressaltar também que Margaret começa a perceber que Emma, realmente, saiu da sua periquita. Por mais que descabida possa parecer a versão de Henry de que Emma, quando bebê foi colocada em Nárnia (armário) e trazida para a realidade de Storybrook, a professora começa a notar algumas semelhanças entre as duas, como o queixo-bunda e a bunda-queixo. Uma bela herança genética, não acham?

Como de praxe, o episódio também deixou um gancho que me intriga. Quem é o visitante recém chegado em Storybrook? Já começam as especulações sobre qual personagem ele poderia ser no Reino Encantado. Há quem diga que a Disney encontrou a Marvel e está trazendo o motoqueiro fantasma a série.

PS.: É claro que eu não poderia deixar de citar a barra Apollo presente na cena de abertura do episódio, em referência à Lost.

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