Promessa de smash, no português, estouro.

A grande aposta de hit que poderia/poderá alavancar o canal NBC no ano de 2012 é também a melhor estréia do ano até o momento. "Smash", série bastante pretensiosa, é também promissora, mostrando em seu piloto de 40 e poucos minutos que tem material de sobra para fazer uma boa primeira temporada.

Obviamente, são inevitáveis as comparações com Glee, portanto tentarei ser prático resumindo-as em três pontos: Primeiramente, aqui há o completo afastamento do ambiente colegial, nada de atores de 30 anos interpretando virgens de 15; em segundo plano é possível notar que o grande trunfo de Smash, em relação a queridinha da FOX, pode ser a apresentação de uma trama mais madura que, além de aumentar seu público alvo, também possibilita uma trama mais longa que no caso de "Glee" é limitada pelo envelhecimento dos seus personagens (e dos atores que já passam dos 30).

E, por último, mas não menos notável é o foco incisivo nos musicais (a.k.a Broadway). Logo, é válido dizer que hits da cultura pop (como Lady Gaga e Adele) estarão em segundo plano, tanto quanto os musicais são postos em Glee. Apesar do número de "Beautiful" ser considerado ícone pop, serão poucas as tais referências que vemos com grande frequência na comédia-musical de Ryan Murphy.

Por isso, talvez eu não seja a pessoa mais adequada para falar bem de "Smash". Minha completa inexperiência no assunto (musicais e teatro) me obrigou a logo de cara torcer o nariz para esta produção. No entanto, posso dizer, como newbie do gênero, que o que vi aqui me agradou muito, tanto em termos de música quanto em personagens.

Na verdade, "Smash" sequer estreou nos Estados Unidos. O piloto, no melhor uso da palavra, "vazou" na rede, do mesmo modo o vídeo de Ivy, visto neste 1x01. É claro que a intenção da emissora é de conseguir o "murmurinho" do público que resulta em ótimos resultados quando o termo é audiência. Principalmente se tratando de estréias como esta, cujo piloto apresenta o quanto promissora a mesma pode ser, especialmente pelo preview de 4 minutos que conclui o piloto.

Nele somos apresentados aos bastidores de Marilyn - o musical, onde Julia (Debra Messing) e Tom (Christian Borle), dois personagens que se mostram carismáticos desde o início, tentam fazer da produção mal sucedido de diversos modos, funcionar nos palcos da Broadway. Logo surge Eilleen Reid, interpretada pela notável Anjelica Houston, que se propõe a produzir o espetáculo junto a Derek Wills (Jack Davenport) que possui uma richa com Tom.

Porém a série destaca-se, principalmente, na disputa entre Karen Cartwright e Ivy Lynn, interpretadas pelas belíssimas Katharine McPhee e Megan Hilty. Ambas disputam pelo papel de Marilyn, assim como ambas possuem vozes magníficas. Neste ponto, a série promete emplacar e trazer o tom de competição que algumas vezes dão graça em "Glee" e que aqui prometem ser reduzidas as duas concorrentes.

A primeira, Karen Cartwright, é uma personagem simples e fácil de se identificar, além de trazer o carisma de Katherine McPhee com seu vocal incrivelmente poderoso. Já Ivy Lynn possue o quesito sensualidade com seus cabelos loiros e aparência dignos dos palcos da Broadway.

Em suma, o saldo final é promissor. As grandes cartas na manga da produção de "Smash" foram usadas em doses esporádicas neste piloto que serve como aperitivo para o prato principal que, acredito eu, ainda está por vir.

P.S.: Novos episódios em fevereiro.

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