Uma grata surpresa.

Devo dizer que eu não esperava muito da estreante "Work It". Como a maioria dos pilotos de comédia são ruins, esperava ainda menos deste episódio de estréia. Enfim, me enganei. Ri como se estivesse vendo um daqueles episódios de comédia inesquecíveis, porém é fácil jusificar o porquê. Simplesmente a série aposta no estilo de comédia mais fácil de se fazer rir: o humor físico.

"Work It" tenta fazer na TV o que filmes como "As branquelas" já fizeram nos cinemas. E a fórmula funciona aqui tão bem quanto nas telonas. Literalmente, a comédia aposta no visual para fazer o telespectador rir. Aqui não existe diálogos mirabolantes recheados de referências à cultura pop, muito menos sacadas geniais. Apenas a boa e velha comédia de situações constrangedoras e risíveis.

É impossível não rir da premissa, pois simplesmente a defino como ridícula. Porém, funcional. Nela é possível ver que o mundo foi dominado pelas mulheres, elas ocupam todos os cargos e funções, deixando os homens sujeitos a falência. Com toda esta pegada econômica e crítica social, além da luta contra a homofobia, conhecemos o protagonista Lee (Benjamin Koldyke) que descobre sua flor interior durante uma passadela pelo espelho de sua mulher.

Não demora muito para que Fernando Sucre, digo, Angel Ortis (Amaury Nolasco) entre nessa também. Devo dizer que Angel se saiu muito melhor do que o amigo no papel de mulher, não só pelas glamurosas jogadas de cabelo, como o caminhar by Shakira.

Criada por Ted Cohen e Andrew Reich, a comédia ainda busca espaço para boas personagens secundárias como Grace (a belíssima Rebecca Mader), Kelly (Kate Reinders), a pequena Kat (Hannah Sullivan) e, Brian (John Caparulo) que vive com a ex-esposa, cujo marido, digamos que não seu maior fã.

É notável que um piloto divertido como este pode ser sinal de uma comédia que muito provavelmente cairá na repetição de piadas nos próximos episódios. Podemos até rir do caminhar dos travecos uma, duas, até três vezes. Desidratar com a transformação mascula de Lee ao som de "My Humps". Ainda mais com a dança da motinha na boate. Porém, não consigo imaginar 5 temporadas disto. Veremos o que o futuro da série nos reserva. Por enquanto, o saldo é positivo em mais um acerto do canal ABC.

PS.: Tenho que reforçar que chorei de rir com a transformação de Lee?

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