Título da review
Aquela colunista inteligente, amante de uns bons cosmos, apaixonada por New York e pelos seus homens já foi adolescente uma vez. E agora está na hora de contar essa história.

The Carrie Diaries é uma série de livros da mesma escritora de Sex & The City, Candance Bushnell, que deu origem também à ótima série da HBO Sex & The City, que foi mais do que um simples marco na televisão norte-americana pelo seu pioneirismo e temas. The Carrie Diaries traz a adolescente e a recém fase adulta da personagem principal, Carrie Bradshaw, tempos antes de conhecer três melhores amigas – Samantha, Miranda e Charlotte.

SATC era ousada, criativa e revolucionou a televisão, acho incrível que até hoje é claro quantas novas séries tomam SATC como referência. O que acho mais interessante é que ela influenciou na tv, cinema, moda(muito!), comportamento, cultura e música. Foi e continua sendo a única série que conseguiu tal fato.

A série, obviamente, se passa nos anos 80. A época não está tão verdadeira, uma vez que Carrie tinha mais de 30 anos nos anos 90, mas a gente releva. Pessoalmente, li o primeiro livro do The Carrie Diaries, mas não o terminei. Parei no meio porque realmente não estava conseguindo enxergar aquela Carrie amorosa, mas ao mesmo tempo engraçada que era tão importante na série original. Com o Piloto da série, foi a mesma coisa. No geral, fizeram com que aquela mulher confidente se tornasse na menina mais bobinha e sem noção do mundo.

Porém, não posso só criticar. O sentimento de pertencimento que ela possui em relação à cidade é realmente verdadeiro e quando a série se entrega totalmente no mundo nova-iorquino, ela realmente poderia fazer algo bem bom, mas eles se perdem ao se importaram mais com dramas de colegial e de amigos que não se sobressaem de maneira alguma. Mesmo achando que a parte da escola é simplesmente desnecessária, a série deixa claro que sabe balancear também, mesmo achando que isso deveria ser mais pensado para dar Nova Iorque a chance de brilhar mais.

Carrie é sagaz e tem todas as inseguranças de uma adolescente, mas realmente achava que veria uma Carrie mais consciente de seu papel no mundo. O desenvolver da nova persona dela, aquela que vemos na série, com certeza trará isso, mas foi somente no segundo episódio que deu para perceber a magnitude da presença de Carrie pequena.

Não há duvidas de que umas das dúvidas em relação a produção seria o fator sensualidade e sexualidade que na verdade era o fator mais presente na série original. Tirando os dramas pessoais dos personagens, que se condizem na categoria teen, e a pegação não aconteceu bastante. Porém, no segundo episódio, a série ganhou mais ou menos meu respeito depois de mostar uma cena de boquete nos seus cinco primeiros minutos.

É algo que deveria continuar, mas está na cara que é algo que não vai acontecer com frequência, já que Carrie e Sebastian simplesmente vai demorar acontecer, mesmo sendo ótimos juntos. E como já disse anteriormente, a parte do colegial, por mais que seja mais desenvolvido do que a outra parte, não é algo benéfico, pelo menos nesse episódio. Ao assistir o segundo episódio, a série deixa claro que consegue desenvolver melhor seus personagens.

Mouse é obviamente a melhor amiga de Carrie, mas ela possui uma auto estima muito baixa, principalmente depois de descobrir que o menino deu um pé na bunda nela depois de ter perdido a virgindade. A parte instável do grupo, provavelmente. Sebastian é o garoto novo e muito sexy, que só se sente à vontade para conversar sobre coisas profundas com Carrie, mesmo que a grande vilã da série, a menina com o maior cabelo que já vi, está aqui para provocá-lo. O único amigo de Carrie está passando por crises existenciais, e a coisa mais ridícula do episódio piloto foi Carrie conhecendo os dois gays em New York para depois perceber que seu amigo também é gay, sendo que isso estava claro desde a primeira vez que ele apareceu em cena.

No geral, a série tem espaço para crescer, e o fato de se passar nos anos 80, que geralmente é um empecilho para baixa audiência, não será um problema. A grande situação da série é dar mais importância à tramas leves e sem importância, enquanto poderia jogar Nova Iorque como a segunda personagem principal da série.
  

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