Parenthood 4x13 Small Victories
Um episódio simplesmente belo.

Não há duvidas de que Parenthood é provavelmente o melhor drama familiar do momento na TV americana. O ruim disso tudo é que, mesmo com uma audiência estável, a série ainda não foi descoberta pelos outros americanos e nem pelo próprio canal, que constantemente deixa claro que prefere promover outras séries que são ridículas do que uma que é realmente de qualidade. 

Não esperava nada mais nada menos desse episódio. Não sabia o resto dos plots, mas sabia de um: Drew vai virar papai. Não tem como não emocionar com o menino, que muitas das vezes não consegue se expressar direito, mostrando uma vulnerabilidade imensa quando se encontra no meio de uma situação delicada, principalmente quando sua namorada não quer manter a criança.

Todas as sequências envolvendo Drew e Amy foram ótimas. Com aquele básico choque inicial, passando pelo apoio do namorado, que é completamente normal, até chegar ao grande momento de descobrir quais são as opções. Independente da reunião com a instrutora do Planned Parenthood, dava para perceber que Amy já havia decidido o que queria há muito tempo. Uma pena, claro, porque Drew se encontrou em uma péssima posição: ao mesmo tempo queria apoiar as decisões da namorada como um cavalheiro, mas ele simplesmente não concordou com a solução do ‘problema’. Quase todo mundo (Amy, Amber) tratou a continuidade da gravidez como algo ruim, mas Drew pensa diferente. Afinal, é de uma vida que estamos falando.

A cena em que eles estão no carro, dirigindo, até chegar na casa de Amy foi belíssima. Não precisava ter diálogo, como aconteceu em diversas partes do episódio. Já sabíamos como cada um se sentia e Parenthood sempre foi mestre em mostrar seus personagens da forma mais realista possível.

Porém, não temos certeza se o aborto realmente aconteceu. Sabemos que Amy ficou extremamente emotiva e quieta após a consulta, mas não temos certeza do que aconteceu. E qual será o propósito de Sarah, episódio que vem? Ou será que esse plot veio somente para juntar Sarah e Mark novamente?

Não há duvidas, porém, que a série conseguiu lidar com uma situação deliciada da melhor maneira possível. Não sei se alguém se lembra ou sabe, mas o criador de Parenthood é o mesmo criador de Friday Night Lights, outra série que é extremamente importante para qualquer seriador, e ela era extremamente conhecida por conseguir mostrar dramas adolescentes e de quase-adultos da maneira mais realista possível e consegui enxergar muito da obra prima de Jason Katims nesse episódio.

Essa realidade esteve presente no plot de Adam, Kristina e Max. Além da ótima edição com ‘Feeling Good’ tocando, toda a narrativa foi incrível. Mesmo que Max tenha Asperger, ele ainda é uma criança. Um pré-adolescente, quase, que vai passar pelas mesmas mudanças, sensações e vontades que todo garoto já passou um dia. A série sempre acerta o ritmo quando quer mostrar que a doença é uma parte de Max, mas não é algo que o define completamente. Ele não está preparado para falar sobre sentimentos sobre garotas por causa de suas limitações, mas as mudanças físicas é algo que ele consegue lidar. E para isso, precisa do desodorante do papai.

E para finalizar, o relacionamento de Julia e Victor está indo de mal à pior. Pelo menos antes ele tentava mais um pouco, igual Julia, mas foi só colocar a palavra ‘mãe’ no meio que o menino se tornou A PESSOA MAIS INSUPORTÁVEL do planeta. Jogando essa objeção para o lado, devo dizer que estava esperando Julia finalmente falar que não quer continuar com Victor. Estava sentindo que iria sair logo, e ainda foi bem na frente da assistente social. Esse problema de opinião divergente entre Joel e Julia com certeza ainda dará muito que falar.

P.S: Me recuso a comentar sobre o plot de Crosby, Renee e Jasmine. Homem chato da porra.

P.S: O episódio foi dirigido pelo Peter Krause, nosso Adam. Fez um ótimo trabalho, sim ou com certeza?

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