Ultimate Revengeful Blonde voltou toda trabalhada no glamour e na maldade.

Claro, Emily Thorne voltou mais poderosa do que nunca. Depois de uma “leve” queda na Season Finale, a moça religou seus botões e voltou a fazer o que faz de melhor: maldade. 

Acho bom que tudo para ela é motivo de vingança. Nem o café da manhã de Emily deve passar por ela sem um gostinho de ódio. Pois agora ela não está vingando apenas seu pai, mas também sua mãe. Até Takeda, o sensei que ensinou à ela a arte da vingança, foi ameaçado. 

“Destiny” começou da mesma forma que o piloto: com um flashforward. Ao invés de uma festa, temos um barco afundado, mais precisamente o “Amanda”. De cara comecei a torcer para que seja Amanda, a Emily Thorne original, morta lá dentro. Vamos combinar que ela já deu trabalho demais para Emily e voltou para atrapalhar mais um pouquinho, com aquele barrigão recheado -- supostamente -- com um bebê do Jack. 

Takeda preparou Amanda para manter um olho em Emily, o que só confirma que ele tem uma agenda diferente da protagonista. Quer dizer, era assim quando ela estava apaixonada por Daniel e ele fazia de tudo para restaurar o foco dela. Agora que este não é mais o cenário, podemos assumir que os dois possuem o mesmo objetivo e tudo está bem, certo? Claro que não. Só o fato de Takeda confiar em Amanda a tarefa de ser aliada de Emily já mostra o quanto ele não é de confiança. Burro ele não é. Amanda não é flor que se cheire e ele sabe disso. 

Mas o papel dela de manter Emily longe de Jack até que me agrada. No momento em que os pombinhos finalmente ficarem juntos, a vontade de vingança de Thorne se acaba e a série perde seu sentido. Afinal, não é à toa que ela se chama “Revenge”. Logo, o fato de Amanda ser tão irritante e petulante tem sua serventia no final. 

Falando em aguentar a presença de alguém, Emily e Nolan agora dividem o teto. Sinceramente, não acho que Revenge podia fazer coisa melhor. Nolan é meu personagem favorito desde a primeira cena em que apareceu, e a química dos dois não tinha como ser mais perfeita. Parceiros no crime, cúmplices, companheiros de estrada. Ele deve cuidar dela porque prometeu à David Clarke, e ela permite sua companhia porque, querendo ou não, ela precisa dele. 

O bom é ver que no começo ela falou não de uma vez, fazendo bem sua pose de durona. Mas horas depois ele já estava acomodado na casa dela, com direito a tênis sobre a mesa de centro. É sempre assim. Quando se trata de Nolan, Emily começa jogando com o coração mais duro do mundo, mas logo ela se revela toda aberta para ele. E a amizade acaba sendo a arma mais forte de sua vingança. 

Já Daniel, antigo morador da casa de Emily, anda lá pela sua varanda admirando o lugar em que desejaria estar. Isso é ótimo. Ele não superou Emily e provavelmente não irá. Ashley não só terá o trabalho de tentar ser a Victoria 2.0 como a Emily 2.0, trabalho impossível de qualquer ser humano conseguir. Aliás, o fracasso de sua “homenagem” à patroa e seu desconcerto na presença de Thorne colocam tudo em seu devido lugar. Sem contar o olhar de cachorro abandonado de Daniel, que foi a cereja no topo do bolo. A Ultimate Revengeful Blonde, ciente de seu poder sobre o jovem Grayson, ainda se vestiu num vermelho bem justo e na grã-finitude de quem supera o fim do amor com classe. 

Além disso, a forma como ela conseguiu o convite para o evento é outra de sua performance de dama. Gente, durante todos esses meses ela manteve contato com a única pessoa que poderia ser vulnerável ao seu charme e conseguiu uma confiança exatamente como a que Daniel tinha nela na época da morte de Tyler. Charlotte nem pensou duas vezes ao contar seu maior segredo para sua mais nova amiga. Pobre menina. Nem sabe que mal saiu do espeto e caiu na brasa. 

Quer dizer, com um pai daqueles é impossível não estar condenada desde o berço. É inacreditável, ou melhor, seria inacreditável uma situação assim se não estivéssemos falando de Conrad. Até cheguei a pensar que depois da “morte” de Victoria ele deixaria para seus patrões todo o papel de vilão, mas pelo visto ele gosta de interpretar o carrasco da história. 

Falando em Victoria, era óbvio que ela estaria viva. Às vezes Revenge trata Madeleine Stowe com mais destaque que Emily VanCamp, tamanha a importância de Victoria na série. Vai demorar muito para que Emily Thorne encontre antagonista à altura de Victoria Grayson, especialmente agora que a rainha dos Hamptons está mancomunada com aqueles que, supostamente, ela estaria tentando derrubar. 

Isso confundiu um pouco. Conrad obedeceu as ordens de seus chefes muito mais do que a esposa. Então qual é o sentido de os dois obedecerem ao mesmo senhor como se fossem inimigos? 

Uma coisa que merece atenção nesta première é a tentativa de Emily de reviver as memórias de sua mãe. Não podia ser de forma mais extrema, claro. Afinal nós estamos falando da menina que põe sua vingança acima de tudo, até de sua própria segurança. Através de seu semi-suicídio ela descobriu que Victoria internou sua mãe numa clínica, fazendo-a passar por louca. As intenções ainda não ficaram claras, mas logo a maligna loira descobre. 

A intérprete de Kara Wallace Clarke é a atriz Jennifer Jason Leigh, que acabou de sair de Weeds. Junto com ela entra Barry Sloane, que fará Aiden Mathis, outro aluno de Takeda e novo “acompanhante” de Emily, já que ele, por vontade própria, se dispôs a ajudá-la a não cometer os mesmos erros que ele. Talvez aí também esteja o novo par romântico da protagonista. 

Por último, a relação de Amanda com Jack. Eu ri do fato de ele dormir no barco só para não ter que dividir a cama com ela. Emily, vendo que o clima estava propenso, lança a semente da dúvida, e desmorona mais ainda os planos de Amanda querendo brincar de casinha com Jack. Óbvio, a relação dos dois nunca vai dar certo. E não importa quantos filhos eles tenham ou o quanto ele pense que ela é a garota de sua infância: a mentira entre eles nunca vai se tornar verdade. Resta ver se Jack vai primeiro descobrir sobre as falsas identidades ou se vai primeiro chutar o balde e cancelar a operação golpe da barriga


Observações: 

- Daniel bebendo de novo: mais desastres vindo por aí e mais uma vulnerabilidade para Emily aproveitar. 

- Conrad continua achando que Emily é o melhor partido para seu filho. Pobre Conrad. 

- Ashley escondendo o cartão de Emily para Daniel não ver: AHAHAHA.

- A troca de atores no papel do sensei: saiu Hiroyuki Sanada e entrou Cary-Hiroyuki Tagawa (Mortal Kombat). A semelhança física é nula, mas isso não deve interferir no desempenho do personagem na série.

Revenge's Quote:

Emily: O que fizeram com meu pai... Fizeram com a minha mãe também.
Nolan: E agora virão atrás de você.
Emily: Ótimo. Deixe-os vir.


 
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