Se essa season premiere ainda não apresentou muito bem a quarta temporada, Alicia Florrick chegou mais segura, mais maternal e mais respondona do que nunca.
Parece até que os roteiristas de The Good Wife ouviram as reclamações de espectadores que, como eu, questionaram o apoio de Alicia à campanha de Peter, o término do caso com Will e toda a nostalgia que a tomou nos episódios anteriores. Algumas perguntas feitas pela jornalista interpretada por Kristin Chenoweth poderiam ser as nossas e Alicia estava ali, certa, pronta e confiante para responder tudo, até àquelas bastante intromissivas vindas de uma jornalista que parece só querer fofoca.
É possível se colocar no lugar da advogada e entender tudo o
que ela disse a respeito do casamento e do suposto exemplo dado às outras
mulheres. Por outro lado, é difícil não pensar que isso tudo não representa um
retrocesso na trajetória da personagem, um apego ao passado, uma dificuldade de
seguir em frente. Alicia e Peter estão mesmo “trabalhando” o casamento,
aparando as arestas? Ela sente a necessidade de ficar casada só pra beneficiar
a campanha do marido ou é mais do que isso? Sou daqueles que acha que Alicia
deveria pensar só em si e virar a página de uma vez por todas, nem que isso
represente, na concepção da própria personagem, um fracasso pessoal.
O caso do dia, ou seja, a defesa do filho feita por uma mãe preparada
e super segura, mostrou como será a influência da campanha de Peter naquele
universo cheio de pessoas com segundas e terceiras intenções e, mais do que
isso, poderosas e vingativas. Peter tem um objetivo árduo a cumprir e milhões
de inimigos dispostos a prejudicá-lo. Só não compreendi muito bem as cenas
ressaltando o fato de que Alicia está muito impressionada com Zack e espero que
isso seja melhor desenvolvido daqui pra frente.
Na firma, as coisas não estão nada bem e, sinceramente,
pensando em tudo que ela já passou, é de se estranhar que ela ainda esteja de
pé. O fiscal interpretado por Nathan Lane até tentou separá-los e não
conseguiu, abrindo espaço para que David Lee pudesse novamente brilhar com suas
caras e suas respostas ardilosas. Não sei por que ainda não tornaram esse
personagem fixo.
Por fim, tivemos Kalindão honrando o apelido e sendo mais
destemida como nunca. Na verdade, era possível ver no rosto dela a expressão de
medo e apreensão, mas essa é uma personagem enigmática e fascinante e essa aura
de mistério foi ainda mais acentuada com a inclusão de uma relação estranha com
o “ex-marido”. Achei aquela luta meio tosca e essa opção de colocá-los na cama
em seguida me pareceu um tanto preguiçosa. Mas não deixa de ser coerente com a
personalidade de Kalinda e de tudo que foi mostrado dela até aqui.
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