Alicia quase se viu no meio de outro escândalo. Mas será que
a inocência do marido terá sido suficiente para que ela finalmente lhe dê uma
nova chance?
Demorou muito até que o romance entre Alicia e Will viesse a atrapalhar a vida política de Peter e foi isso que quase aconteceu nesta semana. Eli rapidamente supôs que o recibo mencionado pela jornalista se referia a um encontro entre os ex-amantes e teve que ter uma conversa desajeitada com Alicia. A moça, claro, entrou num pânico contido, afinal a Mrs. Florrick é uma mulher prática e ela age mais do que fala.
O desespero de Alicia foi bastante razoável. Ela já passou
por um escândalo pra lá de traumatizante, viu sua vida e a
dos seus filhos revirada de cabeça pra baixo e exposta pro país inteiro ver.
Mais do que isso, ela era a vítima daquela situação, tendo ganho muitas vezes a
simpatia de pessoas que mal a conheciam, como a Maddie no episódio anterior. Se
seu caso viesse a tona, ela não seria mais a boa esposa, e sim, a mulher
infiel.
Com o título mantido após saber que alvo era Peter, Alicia
percebe que na verdade nem se importa com isso, algo que novamente é bastante compreensível.
O sofrimento pelo qual ela passou antes a deixou mais forte e de certa forma “blindada”
para futuras decepções como esta. Além disso, o casal estava separado quando
tudo ocorreu, o que quer que isso signifique.
No fundo, Alicia respirou aliviada e feliz ao ouvir a divertida
história do casamento aberto contada pela suposta amante, garantindo assim a
inocência de Peter diante daquela acusação. Só então,
a advogada deve ter percebido que ainda deseja o marido, que a sua história com
ele ainda pode ser recontada. No entanto, continua difícil concordar que Peter
mereça a esposa novamente. O perdão certamente pode - e deve - ocorrer, mas a
relação e a dinâmica dos dois como casal foi transformada. Alicia mudou muito durante
esses anos. Um homem como Peter está, agora, à sua altura? Na minha opinião,
não.
Enquanto isso, o plot de Kalinda
cada vez se mostra mais decepcionante e redundante. A impressão que se tem é
que os roteiristas ainda não sabem o que fazer com o casal e mostram cenas
repetitivas revelando a tensão sexual e os atritos entre os dois. Umas bastante
divertidas, como o “Dyke!” seguido pelo soco, e outras meio irrisórias, como o
ovo no café-da-manhã. Espero que isso saia do lugar semana que vem.
E o caso da semana também veio sem
nada muito interessante, assim como os dois anteriores, mas valeu pelas
participações especiais de Rita Wilson e John Benjamin Hickey, pelo juiz surdo
porém muito sábio e pela cena em que o trustee explica a Diane que o sucesso da
firma é também o seu sucesso.