Um episódio para dizer “thank god!” por Dexter ainda ser uma das melhores séries da atualidade.

Temporada após temporada, Dexter continua a explorar de maneira pragmática, seus conflitos internos, trazendo-os ao conteúdo das tramas temporais e fazendo isto com maestria. “A Horse of a Different Collor” trouxe à tona mais questionamentos sobre o futuro do protagonista, onde a principal pergunta ainda caleja: Dexter poderá algum dia ser curado?

Embora o episódio se concentre nos dramas do serial killer não se limita em apresentar enfaticamente os antagonistas e o excelente paralelo da temporada, os assassino que justificam a morte com o padecer religioso. Sobre isto os boatos de que Gellar seria um simples fruto da imaginação de Travis padece ainda nos detalhes, como podemos perceber em uma das imagens promocionais do episódio, oficial do canal Showtime.

Como bem pontuou o @rodcarlim, na figura podemos perceber que Gellar não está consumindo nada. Na cena ele é ignorado por completo pela garçonete e o mais instigantes é que não há reflexo dele que possa ser visto do ângulo da imagem. Coincidência? I don’t thin so...


Brother Sam logo ocupou o grande papel de levar Dexter à tais conflitos e tem sido mais um personagem riquíssimo e bem trabalhado na série. Neste episódio relata sua história de vida e sua conseguinte inversão de caráter, pelo que aparenta ter sido uma intervenção divina. Sam parece ter grande influência sobre Dexter e o leva a acreditar que um pedido, uma prece poderia salvar seu filho, Harrison.

Deste panorama, podemos ver que o Dexter metódico, em diversos sentidos, não é mais o mesmo. Deixa claro o carinho e preocupação que sente pelo filho, demonstra afeição por Deb (ainda mais que nas temporadas anteriores) e agradece a Deus, como o próprio disse, talvez a usando como mera expressão ou somente fazendo uma pequena demonstração de sua fé.

"Faith. If you put it in the wrong things, it'll f*** you up."

Quanto à Quinn e Batista, estes ganharam o posto de inúteis alivio cômico do episódio, obstantes a Masuka que se mostrou sério ao se impor sobre a estagiária gostosa, surpreendo a todos. Já Deb pavimenta sua carreira se mostrando cada vez mais carismática e, convenhamos, linda com seus trajes de nova tenente. Quando disse na review passada que Deb não havia perdido sua personalidade no novo cargo, não esperava que os roteiristas fossem usar isto ao seu favor. Melhor do que isto é vê-la dizer "All I care about is catching the fucker that did this." em rede nacional, educando todas as crianças de Miami. Amém.

Um dos grande méritos de “Dexter”, na minha opinião, são os espetáculos sangrentos executados com perfeição quando o intuito é impactar o público. Na 1ª temporada tivemos o quarto de hotel decorado com 60 litros de sangue, na 4ª temporada a arrebatadora morte de Rita e se na semana passada ficamos chocados com os Cavalos de Apocalipse, neste episódio fomos presenteados com uma armadilha a La Jogos Mortais (só eu lembrei?) que deu rosto ao assassino do Doomsday: Travis.

A caçada agora é direcionada dando o primeiro grande passo para o bom e velho ritmo hábil de Dexter. Sendo imparcial a qualquer crítica, acredito que esta poderá ser uma das temporadas mais solidas que a série já nos concebeu. Alguém discorda?

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