A montanha-russa de Sera Gamble.

Talvez as doses sonolentas de "The Girl Next Door" tenham afetado o meu cérebro e abaixado minhas expectativas por completo em relação a "Supernatural". Talvez não, só sei que passei por este episódio com minha apatia usual com a série.

Nem ruim, nem bom. Simplesmente morno como qualquer outro filler que funcionou bem, sendo executado da mesma forma. Podemos também, fácilmente, usar esta descrição em 50% dos episódios da 6ª temporada que se encaixaria perfeitamente. Justificável pela opição dos roteiristas de criar mais fillers.

Estes, por outro lado, sempre me dividem. Como disse Sam: "É estranho estar trabalhando em um caso comum". No entanto, acredito que seja disto que a série mais precisa no momento, retornar as origens com os antigos casos semanais, com o detector de atividades paranormais zumbindo e piscando, distintivos falsos, ternos, círculos de sal, Bobby ajudando somente por telefone, Dean passando o rodo na mulherada e Sam... sendo Sam. Deste panorama "Defending Your Life" me lembrou em muito os episódios despretensiosos da 1ª temporada quando a série era simplesmente bacana.

Sera Gamble, aliás, teve a "brilhante" idéia de fazer um episódio jurídico com nuances de sobrenatural, durante um de seus famigerados momentos criativos, talvez enquanto estava no sofá da sua casa assistindo a mais um episódio da excelente "The Good Wife", série esta que é usada como referência por Dean, um fã de séries tão aficionado como nós. Tinha tudo para dar errado, mas não deu. O caso me surpreendeu postivamente, bem roteirizado, além de dar-nos uma perspectiva diferente de "The Girl Next Door", episódio que deixa a entender que Dean saiu impune com a morte da Mosntra Mãe.

O caso não somente explorou os diálogos entre o Deus Egípcio e Dean/Sam como também marcou o retorno de uma personagem: a Jo, relembrando o episódio “Abandon All Hope” em que morre ao lado de Ellen (nos tempos em que a série ainda era uma das minhas favoritas). Houveram referências até mesmo ao "Pilot" com Sam recordando dos tempos da faculdade de direito e da morte de Jessica.

Para encerrar, nada mais digno da 1ª temporada que uma troca de olhares suspeitos entre Dean e Sam e o corte da câmera focando a estrada, deixando para trás somente a poeira do Impala que segue sua eterna viagem on the road. Porém, vejo mais essa jornada como uma montanha-russa do que retilínea e, ainda que venha um episódio satisfatório que foque somente em Dean e Sam (como este 7x04), a série surpreende na semana seguinte corroborando seus arcos ruins. Só nos resta torcer para que não cheguemos na linha de chegada em queda livre.

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