Com duas míseras sequências consideráveis de zumbis, "The Walking Dead" beira o inaceitável implantando novos personagens, sem sequer desenvolver os que já tem. Fanáticos poderão desconsiderar minha opinião, mas como disse, até mesmo eu que considerei a série como um bom entretenimento do gênero na 1ª temporada, tenho me pegado sonolento durante os diálogos superficiais e nas tentativas forçadas de explorar dramas que vieram sendo pavimentados de maneira errônea desde o início da trama.
O principal problema, não caleja somente na questão do drama, mas na péssima dosagem que a série tem feito deles. Diálogos em excesso e poucas cenas de ação ou suspense que, das poucas que tem, são diluídas em meio a salada de situações que discorreram da forma que fez neste 2x02, até o ponto de serem vistas como banais.
Zumbi é puro entretenimento e o que se propõe ao público nas obras do gênero são banhos de sangue, tripas, correria e tensão em grande parte do tempo. Aspectos estes que são vistos em doses esporádicas em "The Walking Dead" e que poderiam ser fácilmente juntas a formar um único episódio de 40 minutos, se somados os poucos momentos de ação gratuita dos episódios um e dois da atual temporada.
A grande amostra da salada que tornou-se a trama é a cena em que Andreia é aleatoriamente capturada por um walker e quase morta. Se o objetivo era causar impacto, dar o momento "de pular da cadeira" ao episódio, ou até mesmo dar o título de herói à Maggie e seu cavalo, concretizou em partes. Mas, que faça isto com algum cotexto que não torne tão visível a aleatoriedade da sequência. Ainda mais questionável é: se já fez isso com a personagem no episódio anterior, porque repetir neste? Qual é o problema dos roteiristas com Andrea?
Em contraponto, não posso negar que as divisões do grupo parecem cada vez mais marcantes. Neste panorama, a série vem utilizado do ambiente apocalíptico que rodeia suas personagens para subdividir os sobreviventes e assim criar várias possibilidades e rumos distintos. Shane encontra-se preso no colégio que contem toda a parafernalha essencial a cirurgia do pequeno Carl e com essa e outras subdivisões a série trouxe essa semana um episódio de caso médico. Sim. Um caso médico que explorou: a idéia da epidemia zumbi, o questionamento da cura, a depressão de Andrea, o estado grave de Carl, a obesidade do rapaz que atirou nele, a infecção de T-Dog, a dor de cotovelo de Shane e o conseguinte peso da cabeça de Rick. Foram tantos arcos médicos que a lista é inúmera.
Brincadeiras à parte, preciso exaltar o flashback que introduziu este 2x02 trazendo uma das poucas cenas que souberam explorar o drama com dado contexto. Primeiro vemos Carl lamentando o tiro que quase mata o pai, em subsequência é Rick que chora pela possível morte do filho. Os personagens inverteram os papéis sem deixar de se mostrarem ser incrívelmente semelhantes. A relação dos dois foi uma das poucas bem construídas até agora na série, isso não podemos negar. Mas a previsibilidade da resolução é caricata de tão óbvia. Carl não morrerá, isso é fato. E não tem drama que me faça acreditar que o roteiro seria ousado a ponto de deixar a criança morrer.
Mas ainda que improvável, eu acho que é disto que a série precisa: ser mais ousada, criar boas dinâmicas, trazer algum humor (inexistente até o momento) e tomar rumos que não sejam tão aleatórios.
O principal problema, não caleja somente na questão do drama, mas na péssima dosagem que a série tem feito deles. Diálogos em excesso e poucas cenas de ação ou suspense que, das poucas que tem, são diluídas em meio a salada de situações que discorreram da forma que fez neste 2x02, até o ponto de serem vistas como banais.
Zumbi é puro entretenimento e o que se propõe ao público nas obras do gênero são banhos de sangue, tripas, correria e tensão em grande parte do tempo. Aspectos estes que são vistos em doses esporádicas em "The Walking Dead" e que poderiam ser fácilmente juntas a formar um único episódio de 40 minutos, se somados os poucos momentos de ação gratuita dos episódios um e dois da atual temporada.
A grande amostra da salada que tornou-se a trama é a cena em que Andreia é aleatoriamente capturada por um walker e quase morta. Se o objetivo era causar impacto, dar o momento "de pular da cadeira" ao episódio, ou até mesmo dar o título de herói à Maggie e seu cavalo, concretizou em partes. Mas, que faça isto com algum cotexto que não torne tão visível a aleatoriedade da sequência. Ainda mais questionável é: se já fez isso com a personagem no episódio anterior, porque repetir neste? Qual é o problema dos roteiristas com Andrea?
Em contraponto, não posso negar que as divisões do grupo parecem cada vez mais marcantes. Neste panorama, a série vem utilizado do ambiente apocalíptico que rodeia suas personagens para subdividir os sobreviventes e assim criar várias possibilidades e rumos distintos. Shane encontra-se preso no colégio que contem toda a parafernalha essencial a cirurgia do pequeno Carl e com essa e outras subdivisões a série trouxe essa semana um episódio de caso médico. Sim. Um caso médico que explorou: a idéia da epidemia zumbi, o questionamento da cura, a depressão de Andrea, o estado grave de Carl, a obesidade do rapaz que atirou nele, a infecção de T-Dog, a dor de cotovelo de Shane e o conseguinte peso da cabeça de Rick. Foram tantos arcos médicos que a lista é inúmera.
Brincadeiras à parte, preciso exaltar o flashback que introduziu este 2x02 trazendo uma das poucas cenas que souberam explorar o drama com dado contexto. Primeiro vemos Carl lamentando o tiro que quase mata o pai, em subsequência é Rick que chora pela possível morte do filho. Os personagens inverteram os papéis sem deixar de se mostrarem ser incrívelmente semelhantes. A relação dos dois foi uma das poucas bem construídas até agora na série, isso não podemos negar. Mas a previsibilidade da resolução é caricata de tão óbvia. Carl não morrerá, isso é fato. E não tem drama que me faça acreditar que o roteiro seria ousado a ponto de deixar a criança morrer.
Mas ainda que improvável, eu acho que é disto que a série precisa: ser mais ousada, criar boas dinâmicas, trazer algum humor (inexistente até o momento) e tomar rumos que não sejam tão aleatórios.
Postar um comentário Facebook Disqus