Sejam bem-vindos à Storybrooke. O habitat da maior surpresa que o mundo das séries e seus contos já presenciaram: "Once Upon A Time".
Os ex-roteiristas de “Lost”, Kitsis e Horowitz não pouparam esforços para fazer do piloto de “Once Upon A Time” um dos episódios mais cativantes e simpáticos de 2011. Com um roteiro bem amarrado, o episódio procura nos introduzir à uma grande salada de fábulas que não somente são conhecidas por todos, como também fizeram as cabeças de crianças e até mesmo adultos ao redor do mundo. Aqui, a série dá uma nova roupagem aos contos, com um ar contemporâneo e porque não dizer, ainda mágico.
Logo na introdução desta review, suponho que você leitor tenha compreendido que gostei e muito do piloto desta que era a grande promessa de flop para Fall Season 2011. Mas acredite quando digo que me surpreendo mais ainda por estar dizendo tais palavras. Eu tinha tudo para odiar à grande bagunça mitológica que é “Once Upon A Time” mas pago minha língua afirmando que essa foi uma das melhores estréias do ano.
Me arrisco a dizer que a mistura foi o ponto chave que fez da série o grande trunfo da minha semana. Até por que neles se encontram todo e qualquer tipo de personagem com o qual o público se identifica. Temos personagens icônicos como Branca de Neve, Rainha Má, Príncipe Encantado, Gepeto e até o Grilo Falante. Também não poderia deixar de citar o notório Rumpelstiltskin, personagem homônimo de um dos contos dos Irmãos Grimm que funcionou mais que bem no papel de antagonista secundário da série.
Entre flashbacks e outras brincadeiras com o tempo, a dupla de ex-roteiristas de “Lost” não somente soube como desenvolver perfeitamente seus personagens dando as doses de carisma essenciais a cada um, como também brincou com referências à série que trouxe seus nomes aos holofotes. Dentre elas: o relógio que marca 8:15 (número do vôo da Oceanic), o número da casa da Rainha Má enfocando o 108 (soma dos números 4, 8, 15, 16, 23 e 42), a fumaça preta (MIB is back!) e o claro abrir de olhos da protagonista com a pupila dilatada.
Sobre a trama em si, apesar de caricata e de alguns detalhes que incomodam, ela apresenta uma solidez impressionante. Nela, conhecemos a protagonista Emma Swan que abandonou o pequeno Henry há 10 anos na tentativa de dar à ele uma chance de esperança. O que Emma ainda não sabe é que ela é a chave para encerrar a maldição que enviou todos os personagens dos contos de fadas à prisão da vida real, o nosso mundo.
Ainda mais que uma grande surpresa, o piloto guarda ótimos ganchos e não entrega a dinâmica da série logo nos primeiros minutos, portanto a dúvida réstia é como e qual será o desenrolar da trama nos próximos episódios, enquanto isto ficamos na expectativa de que a série, sua produção e seu texto - excelentes até aqui - não descepcionem no futuro.
E vocês? O que acharam de Once Upon a Time?
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