Quando dizem que The Big Bang Theory não é mais a mesma, episódios como este provam que é a mais pura verdade.

Se cobrar da série o nível exorbitante da 2ª temporada é o mesmo que pedir que mais de um trevo de quatro-folhas nasça no mesmo quintal, faço então questão de pedir que ao menos ela se mantenha regular a nível de comédia. Mas de fato, TBBT não é mais a mesma. Não recrimino os roteiristas por tentarem mudar e investir em novos rumos para a série, principalmente se tratando de Sheldon, mas acredito que alguns limites que deveriam ser mantidos, foram ultrapassados neste episódio.

Gosto muito daquele Sheldon que deixa a dúvida no ar sobre a existência de sua genitália e que irritantemente pensa só e somente no bem próprio. Às vezes é até difícil de lembrar que Sheldon é um ser humano e até mesmo ele, com suas caronas incovenientes e domínio de espaço, pode ter sentimento por alguém. Achei interessante, não engraçado, vê-lo proteger Amy no cinema das mãos tímidas de Stuart. Porém quando soube que o episódio teria foco na relação dos dois e que celaria um namoro, criei uma expectativa que não foi completamente correspondida.

Colocar Sheldon nesta nova dinâmica com Amy, definida agora como "o namorado" e "a namorada", no entanto, foi um acerto no final das contas. Tenho fé de que isto renderá muito no futuro da série, pois tenho como prova a cena "tire a farpa do meu dedo" do final do episódio. Porém a maneira como o namoro foi se construindo não teve de modo algum graça durante o desenrolar deste 5x06. Achei que pudessem explorar mais o lado cômico principalmente na cena do cinema, além de outras.

Somente pude me render em momentos como o da assinatura do Contrato de Relacionamento ao ver que o bom (ou não) e velho Sheldon ainda estava ali para nos fazer esboçar o sorriso de validez do episódio. De bons momentos também se fez a partida de baralho entre o grupo principal também nos fazendo lembrar dos tempos aúreos da série. Onde Sheldon é o irritante e Raj, Howard e Leonard são os irritados.

Vale também citar o ilustre cauboy Sheldon, todo trabalhado no coro de Xitão e nas botinas do Choróró. Além do famigerado jogo twister, algo que já se tornou obrigatório em sitcoms como essa e que desta vez teve como piões: Penny, Bernadette e Amy. Quero criticar também a posição em que Penny se encontra na série. Ela que já rendeu alguns dos melhores momentos que a série já fez, agora se encontra como fonte de piadas de bêbado. Só uma pergunta: Sério?

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