Quando a Branca de Neve é mais macho que o Príncipe Encantado.
E Once Upon a Time fez mais um episódio bacana. Nada de excepcional, mas um episódio que seguiu a mesma fórmula dos seus antecessores e que da maneira mais simples que um roteiro pode agradar, ela cumpre seu papel. Nesta semana alto destaque à Branca de Neve e Principe Encantado. O casal que surgiu de um amor torto e que, apesar de ter origem em um conto de fada, não se baseou na construção de uma paixão pelo olhar. Pelo famigerado amor à primeira vista, que pouco convence o público. Portanto e obstante a forma, Charming e Snow se apaixonam.
A história me agradou. Consegui comprar das maneiras mais pueris possíveis toda os acontecimentos deste episódio. Talvez por já ter aceitado desde antes o fato de que na série tudo se baseia em contos de fadas irreais, eu aceito o que vier e até me surpreendo quando vejo os roteiristas tomando precauções na hora de tornar a história crível, como fizeram com Branca e James (ele tem um nome).
Deixando o ceticismo de lado, pudemos ver uma versão alternativa do que conhecemos da Snow White. Em "Once Upon a Time" esta é uma ladra procurada pela Rainha Xuxa que conhece Charming durante uma das suas empreitadas e presa por posse ilegal de pó mágico, desmatamento, assalto a mão armada e assassinato (pasmem!).
Enquanto isso em Storybrook, o pequeno Henry tenta convencer Snow de que o "desconhecido" era o seu príncipe encantado, esperando para ser acordado e lembrado de que um dia salvou a amada de ter seu coração levado pelos trolls da Rainha Xuxa.
Por incrível que pareça, são nestes pequenos detalhes que a série me ganha. Como exemplo, a dada ligação dos acontecimentos envolvendo o personagem dito como "desconhecido" e "encantado" mas nunca nomeado, para no final descobrirmos que este se intitula James. Soa um tanto humano. Mas é de isto que a realidade de Storybrook se trata correto?
Sobre isto, tenho que dizer que pela primeira vez, a realidade dita real me pareceu um pouca mais "mágica" que a dos Contos de Fadas, talveta - O raz pela humanização da relação do casal Snow (gente da gente, que batalha, que sangra, que luppa) e Charming, mas também pela realização de um prévio final feliz com o salvamento de Encantado e o beijo do amor verdadeiro. Engraçado que no conto eles não se apaixonam à primeira vista, mas em Storybrook sim.
Já os planos da Rainha Xuxa para dominar o horário nobre da Globo continuam. Desta vez, o poder fascista da megaevil foi capaz de separar os mocinhos de "Once Upon a Time", mas não por muito tempo, como pudemos ver na cena final do hospital com a troca de olhares entre eles. Tenho certeza que Emma descobrirá tudo e que se o Ibama permitir, ela derrube o resto da macieira da Rainha Xuxa e ateie fogo no cenário.
Mas a vilanísse não ficou só por conta da Rainha dos baixinhos neste episódio, também tivemos os repugnantes Trolls, que para nós amantes da internet e bloggeiros, é aquele pessoal que só comenta para reclamar, falar mal, ou melhor, trollar. Agora, me diz, tem como não amar uma série que personifica esses seres mundanos em criaturas que por fora mostram tudo o que são?
Em suma, me rendo e confesso que amo muito tudo isto que "Once Upon a Time" vem contando. Pode parecer infantil quanto um conto de fada, mas o carisma dos personagens faz de tudo tão bom de assistir que me pego surpreso por gostar de cada detalhes que está sendo apresentado e da forma como está sendo feito. Se quiserem trollar, saibam que vim preparado com pó mágico repelente de trolls, pronto para transfigurar estes em insetos pelos quais prefiro esmagar, como fez Snow White. Podem vir ou juntem-se a mim na família Once Upon a Time.
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