The Good Wife conseguiu nesses dois últimos capítulos abordar vários personagens, situações, casos diferentes e continuar desenvolvendo os arcos que durarão por mais alguns episódios, tudo de forma orgânica e nada superficial.

Em Death Row Tip, finalmente foi dado a Kalinda o destaque que lhe foi negligenciado desde o início da temporada. Adoro como a série já assume e usa o ar sedutor que a personagem exala para homens e mulheres, seja realmente sentindo algo, como acontece com Cary, seja flertando para conseguir o que quer, como ela faz com Dana, mesmo fingindo que não. Gosto também que o triângulo fica ainda mais complexo no episódio seguinte, com ciúmes, pessoas jogando dos dois lados e a gente fica meio sem saber quando e se eles falam a verdade.

Ainda no episódio 8, foi ótimo ver Alicia novamente frente a frente a um preso condenado e se surpreendendo com o rumo dos fatos e com a verdadeira personalidade dos envolvidos. Talvez por ter ficado tanto tempo sem advogar, Alicia ainda seja muito ingênua e positiva com relação a clientes, réus e ao sistema judiciário. Já na terceira temporada, ela ainda não vê sua profissão com o cinismo que deveria, mas aos poucos, acredito que o mundo real da advocacia se materializará para ela. E isso foi até exemplificado no fim do episódio 9, quando a própria juíza da corte militar a fez (e a nós também, confesso) enxergar tudo com outros olhos.

Em Whiskey Tango Foxtrot, o destaque ficou para o avanço da investigação em cima do Will, que mudou de foco com a entrada de ninguém menos que Wendy Scott-Carr e agora vai atrás do próprio advogado e não mais de Lemond Bishop. O melhor aqui não é o rumo que a história vai tomar, já que dificilmente Will vai ser preso, perder a licença ou algo assim. O mais interessante é ver como os personagens reagem a isso, como Diane assumindo que tudo é fruto de ciúme do Peter e o Will se sentindo encurralado e travando totalmente com Alicia quando sabe que o melhor a fazer é terminar o caso dos dois.
 
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