Se o Chupacabra é real, não faço idéia, só sei que o Daryl é o melhor personagem de "The Walking Dead".
Quem você conhece que, caso precisasse, um dia tiraria uma flecha atravessada da própria barriga, mataria um walker com a mesma, comeria miolos de um rato e, tudo isso, por uma garotinha? Daryl se tornou a grande ressalva em meio a toda essa bonança de "The Walking Dead" para fazer de "Chupacabra" um dos melhores episódios da temporada e, nos lembrar de que essa série é capaz de fazer excelentes cenas de ação.
Apesar de mostrar-se mais uma vez aleatória, a trama do episódio me deixou realmente tenso. Talvez pelo formato como a história foi construída em seu desenvolvimento. Pude ver um drama de começo, meio, fim e gancho. Afinal, esta é a fórmula que toda série de sucesso permuta para apresentar um bom episódio e, com a grande exceção de "Save The Last One" (que desenvolveu Shanne), "The Walking Dead" não conseguia mostra isto desde o piloto. O que viamos nos episódios anteriores eram cenas justapostas para convergir em 40 minutos e o episódio terminar. Não há história que se sustente sem uma liga, algo que e faça sentir que tudo aquilo tem ou terá sentido em um plano geral.
"Chupacabra" cumpre bem o seu papel para novamente dar destaque a um personagem mais convincente que Rick-Vamos-Resar-e-Esperar-Para-Ser-Triturados-Por-Um-Walker-360-Juicer-Walita e toda a sua trupe de crianças emburradas que insistem em seguir o politicamente correto em um mundo, perdoem o linguajar, que se encontra completamente fodido. Somente faz-se uma boa proposta de personagem sobrevivente com Shanne (personagem para amar odiar) e Daryl (personagem para torcer até o final).
O vemos aqui é um paralelo ruim para um personagem bom. Enquanto me via preso a problemática: cobra, barranco, flecha, rio, barranco, zumbi, irmão, flecha, acompanhava em seguida três grande plots de novela mexicana que tem encabeçado a lista de TWD. São eles: a gravidez de Lory, a discussão pífia de Rick e Shane e o jogo de amor em Las Vegas de Glenn e a filha do médico.
Ao menos no último plot, a grande cartada veio nos segundos finais de "Chupacabra". Mas, confesso que não me surpreendi em nada com a cena dos zumbis em criadouro, afinal, este é um dos problemas de conviver com fãs da HQ's (estes deveriam ter um eterno Spoiler Alert em cada coisa que falam sobre a série). Porém, esta é uma trama que realmente me interessa e que pode finalmente dar origem a um drama mais verossímil.
Outrora, também não posso deixar de fazer um séria crítica a ingenuidade dos roteiristas de "The Walking Dead". O parecer que tive após toda esta dramédia sobre a filha de Hershel e Glenn é que eles precisavam deles somente como motivo para alguém ir até aquele celeiro. E não venham me dizer que eles quiseram explorar um drama sobre abstinência sexual e alinhamento de ciclos mestruais, que essa eu não compro.
Mesmo assim, em suma, devo dizer que este episódio me agradou infinitamente mais que o famigerado "Cherokee Rose" (um dos episódios mais fracos de toda a série). Gostei de muitas sequências, como: o retorno de Daryl à Fazenda (da Record) seguido da supreesa que foi o tiro de Andrea, principalmente pelo fato de ver o tiro acertar o personagem na cabeça, ainda mais dos diálogos com o tão esquecido Merle, cujos conflitos da primeira temporada deverão ser revisitados. Acima de qualquer um deles, acredito, ainda que Merler está vivo. Já quanto a Sophia não penso o mesmo. Queria muito que ela fosse encontrada pela mãe como uma zumbi. Seria um drama ousado? Sim. Previsível? Talvez. Mas garanto que melhor seria que diálogos sobre ciclos mestruais, concordam?
Para finalizar como "The Walking Dead" iniciou - fora de contexto - gostaria de comentar o quanto me descepciono com os flashbacks que a série tem apresentado. Espero ansiosamente, ou melhor, esperava por cada um deles. No entanto, nenhum daqueles apresentados até agora, durante o apocalípse zumbi, me fisgaram. Muito menos o que foi apresentado nesta semana. Para mim a cena não passou de um teste de Chroma Key do canal AMC. Só.
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