Com a notícia de que Dexter foi renovada por mais dois anos, fica difícil de acreditar que tão cedo veremos a revelação do serial killer para sua irmã Deb.

Não é de hoje que figurei em minha mente o dia em que Dexter seria pego por Debra. A série já brincou com isso premiando-nos com uma das melhores cenas com veia cômica da série, já prometeu, evidenciou que seria possível, mas então Deb dá dois passos atrás (assim como a trama dá 10) ao deixar a dupla de assassinos (Lumen e Dex) saírem impunes por motivos não tão convincentes na Season Finale da 5ª temporada. Mas então vem “Sins of Omission”, que pelo título mostra que o seu foco esteve nos dois personagens que ainda seguram a série como alicerces que estruturam uma casa.

Porém, é difícil dizer se a casa irá cair nesta temporada. Seria ousado dos roteiristas revelar a identidade de Dexter a Debra no momento em que a série se encontra. Aliás, essa seria de fato a reviravolta que a temporada está precisando para ser mindblowing (de explodir cabeças), porém ainda não consigo ver como os roteiristas poderiam conduzir o arco dos irmãos depois de uma mudança tão brusca assim na série por mais dois anos.

Diante disto, acredito que o enfoque na trama religiosa talvez não seja o Às na manga dos roteiristas para a 6ª temporada e sim a revelação. Tudo isto é claro, parte dos reflexos das omissões de Dexter, que, aliás, intitulam o episódio.

Outro ponto relevante para esta discussão é o paralelo entre a história de Travis e sua irmã, com a de Dex e Deb. Vimos que a primeira culminou em um desfecho violento (preferia que fosse a Laguerta em meio a cabeça dos crocodilos) e talvez a segunda possa acabar ainda pior. Ademais, são notórias as semelhanças entre eles: Dex sempre manteve Deb debaixo de sua asa, usando-a também como proteção, visto que a relação dos dois sempre foi um excelente adendo ao disfarce rotineiro do protagonista. Já Travis matem a mesma relação de omissão/proteção com sua irmã, que por sua vez, também pensava que conhecia-o como ninguém.

As sessões com a terapeuta de Dev funcionaram muito bem para levantar tais questionamentos. Ao mesmo tempo, não posso deixar de ressaltar que vejo Dexter cada vez mais descuidado com relação a sua irmã, chefe e tenente do departamento de polícia que pode ser o seu maior pesadelo. Deb, por sua vez, aprendeu que nada vindo gratuitamente de Laguerta não venha para benefício próprio. Imagino a quem ela estaria tentando proteger com o caso da garoto do banheiro. Algum palpite?

Mais detalhes:

  • Masuka em um strip club é fórmula certa para comédia. Mas então, o personagem perdeu a graça, ou eu fui o único que não riu da situação?
  • Para completar temos Quinn. Pior que Ton Canabrava.
  • Dexter agora tem uma bíblia. Adorei a alusão nítida, divertida e até irônica a sua "paixão" por sangue.
  • Não compro o papel de durão de Batista para com o lab-geek/namorado da sua irmã. Aliás, impressão minha ou este foi mesmo um episódio sobre irmandade?

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